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Ibovespa cai devido blue chips e cautela antes do Fed

A Bovespa fechou em baixa diante da apreensão sobre questões políticas e fiscais domésticas


	Bovespa: o Ibovespa cedeu 0,81 por cento, a 47.209 pontos
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Bovespa: o Ibovespa cedeu 0,81 por cento, a 47.209 pontos (.)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2015 às 17h26.

Sâo Paulo - A Bovespa fechou em baixa nesta segunda-feira, diante da apreensão sobre questões políticas e fiscais domésticas, e com o mercado exibindo cautela antes da reunião de política monetária do banco central norte-americano nesta semana.

O Ibovespa cedeu 0,81 por cento, a 47.209 pontos, sob pressão de ações de bancos, Petrobras e Vale. O giro financeiro do pregão foi fraco, totalizando 4,3 bilhões de reais, ante giro médio diário no ano de cerca de 6,87 bilhões de reais.

Em um pregão de agenda macroeconômica suave, investidores se voltaram mais para notícias corporativas e operaram com cautela, em compasso de espera.

O mercado aguarda o anúncio nesta semana da expectativa de déficit primário do governo federal em 2015, após a arrecadação em setembro ficar abaixo das expectativas, obrigando novo cálculo. O ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, disse que o governo ainda não tem uma definição sobre o tamanho do déficit a ser apresentado.

Também nesta semana o Federal Reserve, banco central norte-americano, faz reunião de dois dias, em meio a apostas de que não elevará a taxa de juros dos Estados Unidos. Investidores vão examinar o comunicado da autoridade monetária na quarta-feira para avaliar quando o banco central pretende fazê-lo.

DESTAQUES

=OI disparou 8,72 por cento, catapultada pela notícia de que o grupo de investidores russos Letter One, liderado por Mikhail Fridman, enviou proposta para fazer aporte de até 4 bilhões de dólares na companhia. O investimento está condicionado à consolidação da Oi com a TIM Participações . As ações da TIM subiram 5,93 por cento, apesar de a empresa ter dito que não está em negociações com Letter One e Oi. Telefônica Brasil pegou carona no embalo do setor e subiu 4,29 por cento.

=COPEL caiu 5,9 por cento, segunda maior baixa do índice, após a notícia de que o Banco do Brasil e outros bancos financiarão os participantes do leilão de hidrelétricas existentes previsto para novembro. A Copel terá que disputar para manter as concessões das hidrelétricas de Rochedo, Mourão e Governador Parigot, hoje sob sua gestão.

=KROTON perdeu 1,47 por cento após a empresa de educação anunciar acordo para venda da Uniasselvi por até 1,105 bilhão de reais a um grupo de gestores de fundos que incluem a Vinci Capital. A venda havia sido definida como condição para que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovasse a compra da Anhanguera.

=VALE cedeu 4,21 por cento nas preferenciais, com o noticiário da China, maior destino de suas exportações. O premiê Li Keqiang disse que a China nunca afirmou que a economia precisa crescer exatamente 7 por cento este ano. O comentário foi feito antes de importante reunião nesta semana, que determinará as metas econômicas e sociais para os próximos cinco anos.

=KLABIN teve alta de 1,06 por cento, após resultado do terceiro trimestre dentro do esperado, com prejuízo líquido de 1,341 bilhão de reais, com efeito cambial na dívida.

Em relatório, analistas do BTG Pactual consideraram o resultado forte e apontaram que o investimento na empresa pode ser visto como proteção contra as turbulências do país, mas que o preço do papel parece alto. Na avaliação do banco, a ação teria mais potencial de avançar no caso de uma maior desvalorização do real, uma mudança de rating ou de projetos ainda não aprovados.

=PETROBRAS caiu 1,75 por cento na preferencial, com a baixa do petróleo . O Conselho de Administração da empresa aprovou vender 49 por cento da subsidiária Gaspetro para a Mitsui Gás e Energia do Brasil por 1,9 bilhão de reais. A diretoria executiva da petrolífera também busca um parceiro estratégico para a subsidiária BR Distribuidora.

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