Ibovespa hoje: a bolsa brasileira opera em queda nesta terça-feira, 19, puxada pelas ações da Vale (VALE3), que respondem por cerca de 16% da carteira teórica do índice. 

Os papéis da mineradora recuam mais de 4% acompanhando a queda do minério de ferro na China. A commodity, por sua vez, cai com a volta do lockdown em Tangshan, o maior centro siderúrgico do país. 

Os investidores da Vale também aguardam a divulgação do relatório de produção da empresa no primeiro trimestre de 2022. O documento, que será divulgado após o fechamento do mercado, pode reforçar as preocupações dos analistas quanto à demanda pelo minério de ferro. 

• Ibovespa: - 0,92%, 114.626 pontos
• Dólar: + 0,51%, R$ 4,672
• Vale (VALE3): - 4,00%

Bolsas de Wall Street, por outro lado, apresentam firme recuperação, após caírem em cinco dos últimos seis pregões. Mas as preocupações sobre os níveis da inflação e do aperto monetário do Federal Reserve (Fed, banco central americano) seguem no radar, tanto que o rendimento dos títulos americanos sobem nesta terça, com destaque para o de 10 anos, que renova o maior patamar desde 2018, a 2,917%.

• Dow Jones (EUA): + 1,40%
• S&P 500 (EUA): + 1,52%
• Nasdaq (EUA): + 1,99%

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Destaques de ações

Para além da Vale, outro grande destaque de queda nesta terça-feira são as ações das companhias elétricas. Cemig (CMIG4) recua mais de 5% e lidera as perdas do dia, seguida pelos papéis da Eletrobras (ELET3/ELET6) que apresentam fortes quedas com investidores de olho na privatização da estatal.

O Tribunal de Contas da União (TCU) julga amanhã o processo de desestatização da companhia – que deve ser adiado. O ministro do TCU Vital do Rêgo já sinalizou que pedirá vista do processo, o que pode atrasar o julgamento, extrapolando o prazo considerado ideal por investidores para a conclusão da operação. Investidores incorporaram o receio no preço, fazendo as ações desabarem perto de 4%.

• Cemig (CMIG4):  - 5,39%
• Eletrobras (ELET3): - 4,40%
• Eletrobras (ELET6): - 3,88%

No extremo oposto, as ações da brMalls saltam mais de 7%, com investidores digerindo a nova proposta de fusão da Aliansce Sonae. Esta foi a terceira oferta da companhia.

Os termos propostos consideram um aumento de 18% em relação à proposta original de janeiro deste ano. Em relação à última oferta, a relação passou de 0,334 ação da Aliansce para 0,394 por ação da brMalls. Dessa forma, os acionistas da brMalls ficarão com 55,2% da nova empresa. Por outro lado, o pagamento em dinheiro proposto foi reduzido de R$ 1,850 bilhão para R$ 1,25 bilhão.

Em resposta à nova oferta, a brMalls sinalizou que irá levar os termos à apreciação de acionistas em assembleia geral. As últimas duas propostas haviam sido recusadas diretamente pelo conselho da companhia, gerando desconforto em grandes acionistas da empresa. As ações da Aliansce operam em leve alta, após abrirem em queda. 

• brMalls (BRML3): + 7,20%
• Aliansce Sonae (ALSO3): + 0,85%