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Ibovespa cai com clima eleitoral e resultado fiscal

As ações da Petrobras são destaque de baixa


	Bovespa: o Ibovespa caía 1,93%, aos 53.569 pontos, às 10h49
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: o Ibovespa caía 1,93%, aos 53.569 pontos, às 10h49 (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2014 às 13h16.

São Paulo - Ainda que o tombo de segunda-feira, 29, de 4,5%, pudesse motivar uma tentativa de recuperação nesta terça-feira, 30, a Bovespa estendeu suas perdas na abertura dos negócios de hoje. O mau humor, que já havia sido realimentado pelo fortalecimento de Dilma Rousseff (PT) na corrida à Presidência, cresceu com dados fiscais ruins divulgados nesta manhã.

As ações da Petrobras são destaque de baixa. Diante disso, o viés positivo observado em Nova York foi insuficiente para atenuar o pessimismo.

O Ibovespa caía 1,93%, aos 53.569 pontos, às 10h49, ampliando as perdas no mês para 12,59%, o que caminha para ser a pior performance mensal da Bolsa brasileira neste ano.

No chamado "kit eleições", Petrobras ON caía 4,51% e PN -4,41%, com forte atuação vendedora por parte de investidores estrangeiros. Já Vale ia na contramão, com altas de 0,56% e 0,45% nos papéis PNA e ON, respectivamente.

Segundo operadores, o déficit do governo central em agosto, maior que o esperado, decepcionou os investidores logo cedo. Há pouco, o Banco Central informou que o setor público teve um déficit primário de R$ 14,460 bilhões em agosto, o pior resultado desde dezembro de 2008 e que ficou abaixo do piso das estimativas, de -R$ 12,4 bi a +R$ 4 bi.

Os agentes também repercutem afirmações do vice-presidente da Moody's, Mauro Leos. De acordo com ele, políticas que reverterem a piora dos indicadores fiscais são importantes.

"No caso de Marina ser eleita, as expectativas serão muito altas para seu governo", disse. "No caso de Dilma vencer, será o oposto", acrescentou.

A espera por mais duas sondagens de intenção de voto, programadas para o fim do dia, também afeta o humor dos negócios locais.

Em Nova York, o Dow Jones subia 0,16%, o S&P 500 ganhava 0,18% e o Nasdaq estava estável%. Os índices subiam na expectativa por novos indicadores dos Estados Unidos e eram ajudados ainda pela possibilidade de o Banco Central Europeu (BCE) anunciar novas medidas de estímulo, por causa do arrefecimento da inflação, anunciado mais cedo.

Entre os dados, o índice de atividade industrial (ISM) de Chicago cai para 60,5 em setembro, ante previsão de 62. Mais cedo, os preços das residências mostraram alta de 6,7% nos 12 meses encerrados em julho para as 20 maiores cidades do país.

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