Ibovespa fechou em queda de 0,25% e se afastou ainda mais dos 100 mil pontos (Paulo Whitaker/Reuters)
Guilherme Guilherme
Publicado em 20 de agosto de 2019 às 17h55.
Última atualização em 20 de agosto de 2019 às 19h00.
Nesta terça-feira (20), o Ibovespa fechou em baixa de 0,25%, a 99.222,25 pontos. Logo após a abertura do pregão, o principal índice da bolsa paulista chegou a ter queda de pouco mais de 1%, mas reagiu ainda pela manhã. No período da tarde, o Ibovespa ficou no verde e quase fechou estável. Os destaques do dia ficaram para os papéis da B2W, Cielo e Via Varejo que subiram 3,08%, 4,55% e 4,9% respectivamente.
As ações da B2W chegaram a cair no começo do dia, mas logo se valorizaram, chegando a ultrapassar os 4%. Na segunda-feira (19), o conselho administrativo da empresa aprovou a emissão de 64 milhões de novas ações ordinárias. A medida deve render à empresa 2,5 bilhões de reais. As Lojas Americanas, acionista controladora, se comprometeu a aumentar seu número de ações da B2W na mesma proporção da nova emissão. Segundo o economista-chefe da Modalmais, Alvaro Bandeira, a notícia pode ter impactado positivamente os papéis da empresa.
A ação do Magazine Luiza, por outro lado, caiu 3,44%, após subir 4,19% nos últimos dois pregões. Mesmo com as perdas, os papéis da companhia acumulam alta de 10,8% neste mês.
O oposto ocorreu com a ação da Via Varejo, que se valorizou 4,9% nesta terça-feira, após quedas expressivas nos últimos quatro pregões. Pela manhã, o papel da varejista chegou a cair 5%, mas se recuperou ao longo do dia. A alta, no entanto, foi insuficiente para reverter as últimas baixas. No mês, a Via Varejo já perdeu 8,55% de seu valor de mercado.
De acordo com Alvaro Bandeira, mudanças nos portfólios tem mexido com os papéis de empresas do setor de varejo. “Muitos investidores trocaram as ações de outras varejistas pelos da Magazine Luíza”, explicou o economista-chefe da Modalmais.
Já a Cielo teve forte alta nesta terça, mas não devido à movimentação interna. Segundo Bandeira, um fundo de investimento estrangeiro reforçou sua posição na companhia, o que desencadeou o aumento do preço da ação.
Mesmo com a notícia de que a CVM abriu inquérito contra executivos da Vale devido ao rompimento da barragem de Brumadinho, as ações da mineradora subiram 0,44%. A alta também foi seguida pelos papéis da CSN, que se valorizaram 3,60%. “O dólar mais calmo no exterior faz o preço das commodities operarem melhor”, afirmou Bandeira.
Na visão do economista, o dólar também teve influência nas ações da Suzano, que caíram 2,44%. Por ser uma grande exportadora, os papéis da empresa de celulose costumam seguir a orientação da moeda americana frente ao real. Após ter atingido, ontem, o valor mais alto frente ao real desde maio, o dólar fechou em baixa de 0,396%, a 4,0516 reais.