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Ibovespa cai 0,51%, na contramão de Nova York

São Paulo - Depois de subir 1,40% ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo passou hoje por uma realização de lucros. Mas o movimento foi comedido, uma vez que as Bolsas norte-americanas seguiram a trajetória de alta da véspera e os temores referentes à situação grega arrefeceram. Os investidores promoveram vendas bastante espalhadas de […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - Depois de subir 1,40% ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo passou hoje por uma realização de lucros. Mas o movimento foi comedido, uma vez que as Bolsas norte-americanas seguiram a trajetória de alta da véspera e os temores referentes à situação grega arrefeceram. Os investidores promoveram vendas bastante espalhadas de papéis, mas a construção civil foi um dos setores que mais sentiram. Petrobras também pressionou o índice Bovespa para baixo, mas as vendas não foram fortes a ponto de levar o índice a perder o patamar de 71 mil pontos.

O Ibovespa terminou o dia em queda de 0,51%, aos 71.417,27 pontos. Na mínima, registrou 71.307 pontos (-0,67%) e, na máxima, 71.989 pontos (0,28%). Na semana, acumulou alta de 0,40%, no mês, de 1,49%, e, no ano, de 4,13%. O giro financeiro totalizou R$ 5,874 bilhões. Os dados são preliminares.

O movimento na Bolsa brasileira hoje foi contrário ao de ontem: abriu em alta, mas virou para baixo logo em seguida. O sinal externo hoje, no entanto, era favorável, com as bolsas internacionais tendo terminado no azul já a partir da Ásia. Lá, compras de ocasião favoreceram os ganhos, enquanto, na Europa, a sinalização, hoje, foi a de que a situação grega estaria sob controle, já que cresceu a percepção de que o país terá mesmo de recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI), com um pacote de ajuda que conta com o aval da União Europeia (UE).

Nos EUA, além do clima melhor na Europa, também favoreceram a manutenção dos índices em alta pelo segundo dia consecutivo os dados de estoques divulgados hoje. Os números mostraram aumento de 0,6% em fevereiro, para US$ 393,48 bilhões, enquanto as vendas dos atacadistas norte-americanos aumentaram 0,8%, para o valor sazonalmente ajustado de US$ 338,66 bilhões, segundo o Departamento do Comércio do país. O resultado do mês passado foi o maior ganho porcentual desde novembro do ano passado e atribuído ao fato de as empresas estarem reabastecendo as prateleiras para atender à crescente demanda dos consumidores.

Dow Jones terminou em alta de 0,64%, aos 10.997,35 pontos, S&P terminou em elevação de 0,67%, aos 1.194,37 pontos, e Nasdaq com ganho de 0,71%, aos 2454,05 pontos.

A melhora da percepção sobre a situação grega proporcionou alta do euro ante o dólar, num apetite ao risco que influenciou também a elevação dos metais. Esse desempenho ajudou a conter as vendas de Vale. A ação ON terminou em baixa de 0,19% e a PNA em alta de 0,18%.

Petrobras terminou em queda de 1,19% na ON e de 1,62% na PN. Na Nymex, o contrato do petróleo para maio recuou 0,55%, a US$ 84,92.

O setor de construção civil, que passou por uma recuperação nessa semana, esteve entre as maiores quedas do Ibovespa hoje. MRV ON liderou as perdas, com -3,51%, seguida por Gafisa ON (-2,48%) e MMX ON (-2,41%). Na quarta colocação, PDG ON perdeu 2,36%.

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