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Ibovespa busca recuperação; Vale cai novamente

Ações de companhias imobiliárias dominavam a ponta positiva do Ibovespa, com a expectativa de queda na Selic

O IMOB, índice que mede o desempenho das companhias imobiliárias listadas na Bovespa, valorizava 2,2% na máxima do dia (Talita Abrantes/EXAME.com)

O IMOB, índice que mede o desempenho das companhias imobiliárias listadas na Bovespa, valorizava 2,2% na máxima do dia (Talita Abrantes/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2012 às 12h13.

São Paulo – Com queda de 3,2% nesta semana, o Ibovespa dava uma trégua ao pessimismo recente e operava no terreno positivo no início da tarde. O principal índice da bolsa brasileira tinha força para subir 0,95% na máxima do pregão, alcançando os 65.734 pontos.

O Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia na noite desta quarta-feira a nova taxa Selic. A expectativa é de um corte em 0,5 ponto percentual, para 10%, segundo estimativa mediana de 61 analistas consultados pela agência de notícias Bloomberg.

O tombo da produção industrial brasileira no início de 2012, após o número decepcionante do PIB do País em 2011, também deve favorecer uma recuperação mais forte da Bovespa hoje. Isso porque a queda de 2,1% da indústria nacional em janeiro ante dezembro, bem pior que a previsão mais pessimista coletada pelo AE Projeções e no mais baixo desempenho desde dezembro de 2008, fortalece as apostas de um Banco Central (BC) mais agressivo hoje. 

No mercado futuro de DIs, crescem as apostas que a Selic já seja fixada em um dígito nesta noite, da atual taxa de 10,50%.

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Vale

As ações da Vale (VALE3; VALE5) operavam novamente no terreno negativo, após a mineradora sofrer uma nova derrota na disputa bilionária que trava com a Receita Federal em torno da cobrança de tributos sobre o lucro de empresas controladas no exterior.

O Tribunal Regional Federal da 1ª. Região, com sede em Brasília, cassou uma liminar obtida pela mineradora que suspendia a cobrança de Imposto de Renda e CSLL no valor de R$ 9,8 bilhões. Cifra que juros e multa elevam a R$ 24 bilhões.

As ações preferenciais classe A amargam uma desvalorização de 1,77% na mínima do dia, negociadas a 39,49 reais. Somente nesta semana, estes papéis já perderam 8,5%.

O embate jurídico travado pela Vale, um dos maiores na Justiça na área tributária, já dura oito anos. Só os R$ 24 bilhões referentes a essa liminar corresponde a cerca de 80% de todo o lucro obtido pela mineradora no ano passado.

Imobiliárias

As ações de companhias do setor imobiliário dominavam a ponta positiva do Ibovespa. Cyrela (CYRE3), Rossi (RSID3), PDG (PDGR3) e MRV (MRVE3), por exemplo, entregavam ganhos superiores a 3%.

O IMOB, índice que mede o desempenho das companhias imobiliárias listadas na Bovespa, valorizava 2,2% na máxima do dia.

Boa parte deste otimismo está na perspectiva de juros menores, já que a maioria do mercado espera por mais um corte em 0,5 ponto percentual da Selic, para 10%.

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