B3: bolsa paulista tinha o Ibovespa em alta (Marcos Issa/Bloomberg/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 20 de setembro de 2019 às 10h33.
Última atualização em 20 de setembro de 2019 às 11h56.
São Paulo — A bolsa paulista tinha o Ibovespa em alta nesta sexta-feira, acompanhando o viés positivo dos mercados acionários globais, com o avanço dos papéis da JBS e a recuperação das ações de bancos entre os principais suportes.
Às 11:32, o Ibovespa subia 0,19%, a 104.538,11 pontos. O volume financeiro somava cerca de 3 bilhões de reais. Com tal desempenho, o principal índice de ações da B3 caminhava para o quarto ganho semanal consecutivo.
Do exterior, repercutia positivamente corte nos juros anunciado pelo banco central chinês, bem como sinais de cooperação comercial entre as duas maiores economias do mundo, com negociadores chineses em Washington.
Em Wall Street, o S&P 500 tinha acréscimo de 0,3%, em sessão também marcada pelo "vencimento quádruplo" - quando expiram índices futuros, opções sobre índices, opções sobre ações e contratos futuros de ações.
"A bolsa no Brasil tenta uma recuperação hoje com investidores atentos a qualquer informação sobre a guerra comercial entre EUA e China", afirmou o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos.
"As apostas em um acordo começam a ser montadas no mercado de ações, com investidores tomando risco na compra com possibilidade de acordo", avaliou.
De pano de fundo, acrescentou, os fundamentos corporativos das empresas brasileiras e expectativa de recuperação da atividade econômica no país continuam dando suporte à quarta valorização semanal, seguindo um tom mais positivo após corte de juros pelo Copom e debate sobre redução ainda maior na Selic.
- JBS ON subia 4,4%, maior alta do Ibovespa, tendo de pano de fundo o cenário ainda positivo para a demanda externa, particularmente da China, diante dos problemas envolvendo o surto de peste suína africana. Estrategistas do Itaú BBA incluíram os papéis da empresa em seu TOP 5, enquanto analistas do Morgan Stanley reiteraram recomendação 'overweight'. No setor, MARFRIG ON avançava 1,5%.
- BANCO DO BRASIL ON valorizava-se 1%, após forte perda na véspera, em dia de melhora para os bancos do Ibovespa, com BRADESCO PN em alta de 0,5% e ITAÚ UNIBANCO PN com acréscimo de 0,55%.
- BANCO PAN PN, que não está no Ibovespa, caía 5%, após precificar na véspera sua oferta de ações a 8,25 reais por papel preferencial, pouco mais de 8% abaixo do valor de fechamento da quinta-feira. A oferta com distribuição primária e secundária movimentou 1,04 bilhão de reais.
- PETROBRAS PN avançava 0,1%, tendo de pano de fundo a alta dos preços do petróleo no exterior. A petrolífera também deu início à fase vinculante referente à venda da totalidade das participações da empresa em quatro campos de exploração e produção terrestres na Bahia. PETROBRAS ON subia 0,23%.
- VALE ON mostrava acréscimo de 0,4%, apesar de nova queda nos contratos futuros do minério de ferro na China.A Polícia Federal também indiciou sete funcionários da Vale e seis da consultora TÜV SÜD pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documentos falsos em processo sobre o rompimento de barragem em Brumadinho (MG).
- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON recuavam 2,4% e 2,5%, respectivamente, entre os destaques negativos da sessão. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou na quinta-feira que não há um clima favorável e que o governo não conta com uma base sólida para aprovar a privatização da elétrica.
- KLABIN UNIT e SUZANO ON caíam 2,6% e 2,15%, respectivamente, também na ponta negativa do Ibovespa.