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Ibovespa avança, mas giro é reduzido com cautela antes de Fed

Índice de referência do mercado acionário brasileiro subiu subiu 0,24%, a 86.610,49 pontos

Ibovespa: índice se recuperou após duas quedas consecutivas (Paulo Whitaker/Reuters)

Ibovespa: índice se recuperou após duas quedas consecutivas (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de dezembro de 2018 às 18h21.

Última atualização em 18 de dezembro de 2018 às 18h33.

São Paulo - O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, após duas quedas consecutivas, mas o volume financeiro negociado no pregão ficou abaixo da média do mês, em meio à cautela de agentes financeiros com o desfecho na quarta-feira da última reunião de política monetária do Federal Reserve em 2018.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,24 por cento, a 86.610,49 pontos, após contabilizar um declínio de 1,66 por cento nos dois pregões anteriores.

O giro financeiro somou 12 bilhões de reais, contra uma média diária em dezembro de mais de 15 bilhões de reais.

Em meio a preocupações com o ritmo do crescimento global, é grande a expectativa para o comunicado que acompanhará a decisão do banco central dos EUA, particularmente os próximos passos sobre os juros norte-americanos, considerando as potenciais implicações na atividade da maior economia do mundo.

"Há expectativas no mercado de que a economia global irá desacelerar à frente...e os comentários do Fed, dependendo do conteúdo, podem mudar ou endossar tais apostas", disse o gestor Werner Roger, sócio-fundador da Trígono Capital.

No caso da bolsa paulista, o desempenho favorável, na visão de Roger, decorre de uma "torcida mais positiva" para que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) referende o tom mais moderado para os juros adotado pelo chairman do Fed, Jerome Powell, recentemente.

"Mas o volume mais fraco mostra que também existe cautela", ponderou, acrescentando que os mercados estão bastante nervosos ultimamente, com a questão comercial envolvendo EUA e China ainda alimentando preocupações.

A decisão do Fed será conhecida às 17h (horário de Brasília) de quarta-feira, acompanhada do comunicado sobre a reunião e de projeções para a economia norte-americana. Na sequência, Powell falará com a imprensa. O mercado aguarda amplamente uma quarta alta dos juros no ano, para a faixa de 2,25 a 2,50 por cento.

Em Wall Street, após um começo de semana mais negativo, os principais índices acionários chegaram a mostrar altas relevantes mais cedo nesta terça-feira, mas perdiam o fôlego neste final de pregão, com o foco também voltado para o Fed.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN avançaram 1,62 e 1,86 por cento, respectivamente, recuperando-se de perdas mais fortes na véspera e ajudando na melhora do Ibovespa, com o setor de bancos do índice como um todo no azul. BANCO DO BRASIL valorizou-se 0,23 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT ganhou 3,19 por cento.

- VALE subiu 0,37 por cento, perdendo fôlego no final, em sessão marcada pelo declínio nos preços do minério de ferro na China.

- GOL valorizou-se 6,04 por cento, ampliando os ganhos no mês, endossada pelo declínio do petróleo e relativa tranquilidade no movimento do dólar ante o real nesta sessão, além de expectativas de que a empresa se torne alvo de eventual aquisição após o governo retirar limite para a participação estrangeira em companhias aéreas no Brasil.

- VIA VAREJO encerrou em alta de 5,05 por cento, mostrando recuperação, após desabar quase 14 por cento na semana passada. No setor, MAGAZINE LUIZA subiu 3,43 por cento e B2W fechou com acréscimo de 0,25 por cento. Estimativa da Ebit|Nielsen apontou alta de 13,5 por cento no faturamento do comércio eletrônico no Natal de 2018.

- PETROBRAS PN fechou em baixa de 3,8 por cento, liderando a ponta negativa do Ibovespa, contaminada pelo forte declínio dos preços do petróleo no exterior. O Brent fechou em queda de 5,6 por cento, a 56,26 dólares o barril. PETROBRAS ON recuou 3,38 por cento.

- ESTÁCIO caiu 1,69 por cento, revertendo os ganhos do começo do dia, após o conselho de administração do grupo de ensino aprovar a indicação de Eduardo Parente para a presidência-executiva. Parente, que era diretor de projetos especiais da Vale, substituirá Pedro Thompson, que estava à frente da companhia desde 2016.

 

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