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Ibovespa avança com melhora externa

Às 11:16, o Ibovespa subia 0,68%, a 77.598,75 pontos

O anúncio de uma reunião no final deste mês entre representantes dos governos dos EUA e China trouxe um alívio para os agentes do mercado (Leonardo Benassatto/Reuters)

O anúncio de uma reunião no final deste mês entre representantes dos governos dos EUA e China trouxe um alívio para os agentes do mercado (Leonardo Benassatto/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de agosto de 2018 às 11h46.

Última atualização em 16 de agosto de 2018 às 11h47.

São Paulo - A bolsa paulista mostrava ganhos na manhã desta quinta-feira, após o fim da temporada de resultados e sem novidades relevantes no cenário eleitoral, embalada pelo viés mais positivo no cenário global, em meio à aproximação de Estados Unidos e China para discutir a disputa comercial entre ambos.

Às 11:16, o Ibovespa subia 0,68 por cento, a 77.598,75 pontos. O volume financeiro somava 1,7 bilhão de reais.

Na véspera, o principal índice de ações da B3 caiu 1,94 por cento, a 77.077,99 pontos, pressionado pelo viés externo negativo, em sessão com bateria de resultados, pesquisa sobre intenções de votos e vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro.

"O anúncio de uma reunião no final deste mês entre representantes dos governos dos EUA e China trouxe um sentimento positivo para os agentes do mercado em relação a guerra comercial entre os dois países", afirmou a equipe da corretora Mirae em nota distribuída a clientes.

Uma delegação chinesa liderada pelo vice-ministro do Comércio, Wang Shouwen, se reunirá com representantes dos EUA liderados pelo subsecretário do Tesouro para Assuntos Internacionais, David Malpass.

Os receios em relação à situação da Turquia que minaram o humor nos mercados nos últimos pregões permanece, mas, nas visão da Mirae, os mercados de risco comemoram nesta sessão uma possível trégua entre EUA e China.

Em Wall Street, o S&P 500 subia 0,7 por cento.

A equipe da corretora ainda observa que, após o final da safra de resultados corporativos, a agenda política passa a ser o vetor mais importante para o comportamento do mercado acionário brasileiro.

Nesse contexto, agentes financeiros devem voltar as atenções particularmente para pesquisas eleitorais, com o início oficial do período de campanha nesta quinta-feira. Os programas na televisão e rádio começam a partir do dia 31.

Análise técnica do Itaú BBA afirma que o Ibovespa está indefinido no curto prazo e encontra resistências em 78.900 e 79.500 pontos, sendo essa última uma região importante para voltar ao cenário de alta e o índice seguir em direção ao topo deixado em 81.800 pontos.

DESTAQUES

- ELETROBRAS ON tinha alta de 6,95 por cento, entre as maiores altas do Ibovespa. No final da tarde de quarta-feira, o presidente da estatal de energia, Wilson Ferreira Jr., afirmou que estava positivo em relação ao leilão de 4 distribuidoras da elétrica previsto para 30 de agosto.

- EMBRAER subia 3,6 por cento, tendo no radar melhora na recomendação por analistas do Morgan Stanley para o ADR da fabricante de aviões para 'overweight', avaliando que a queda dos papéis desde o anúncio da parceria com a Boeing oferece uma relação risco versus retorno atrativa.

- CEMIG PN avançava 4,56 por cento. A equipe do BTG Pactual afirmou em nota a clientes que o papel está atrativo e, dependendo da implementação total do plano de deseinvestimentos a ser adotado pela companhia, a ação pode ter um desempenho melhor do que o mercado.

- SUZANO cedia 2,44 por cento, na esteira do recuo do dólar ante o real, com o setor de papel e celulose em baixa como um todo.

- PETROBRAS PN tinha elevação de 1,15 por cento, na esteira do avanço dos preços do petróleo Brent.

- VALE valorizava-se 0,63 por cento, apesar do recuo do minério de ferro à vista na China.

- BRADESCO PN subia 0,85 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN avançava 0,5 por cento.

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