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Ibovespa: as ações que subiram e caíram em janeiro

Papéis da Cyrela têm a maior baixa e caem 15,7%; Usiminas lidera alta com 17,05%

Obras do condomínio Le Parc Residential, em Salvador: ações tiveram a maior queda do mês (Fernando Vivas/Exame.com)

Obras do condomínio Le Parc Residential, em Salvador: ações tiveram a maior queda do mês (Fernando Vivas/Exame.com)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2011 às 20h30.

São Paulo – Ainda não foi desta vez que o Ibovespa emplacou a tão aguardada recuperação depois de um desempenho pífio no ano de 2010, quando chegou a uma alta de apenas 1,04%. No primeiro mês de 2011, o benchmark da bolsa brasileira recuou 3,93%, para 66.574 pontos. O desempenho no Brasil foi isolado. Nos EUA, por exemplo, o índice Dow Jones subiu 2,72%, a primeira alta no mês em quatro anos.

“O Ibovespa continuou o movimento de realização, apesar da alta das bolsas de Nova York, na quarta perda consecutiva e na sétima baixa em oito pregões”, lembra Hamilton Moreira Alves, analista do BB Investimentos, em relatório. O índice Small Caps (SMLL), que acompanha as empresas de baixa capitalização, encerrou o primeiro mês de 2011 com uma forte queda de 8,3%.

Small Caps: as altas e baixas das ações em janeiro

A maior alta do Ibovespa no mês foi motivada pelo desempenho no último pregão do mês. As ações da Usiminas (USIM3) dispararam nesta segunda-feira (31) e fecharam janeiro com uma alta de 17,05%, negociadas a 24,99 reais. As informações de que a empresa ganhou uma licitação para fornecer chapas de aço para a Transpetro, somada ao fato de que a companhia vendeu uma fatia de 14,25% na Ternium, incentivou a compra dos papéis da companhia.

As ações ordinárias da empresa (USIM3) fecharam o dia negociadas a 25,06 reais, com alta de 8,39%, enquanto as preferenciais (USIM5) terminaram cotadas a 19,54 reais, com ganho de 4,49%. Para o Barclays, a venda da participação na Ternium foi positiva. “Nós acreditamos que muitos investidores precificaram mal este ativo, ao mesmo tempo em que a companhia forneceu benefícios estratégicos limitados e sinergias”, disse o analista Leonardo Correa.

Os papéis da Cyrela ocuparam o lado negativo do índice com uma forte desvalorização de 15,7%, para 18,41 reais. A empresa não foi a única do setor a amargar fortes baixas no mês. As ações da Gafisa (GFSA3) recuaram -15,2%, da Rossi -11,36%, Brookfield -11,21%, MRV Engenharia -9,67% e PDG Realty -9,25%. A Cyrela divulgou em meados de janeiro ter cumprido a meta de lançamentos e vendas em 2010. O montante lançado foi 1,4% menor que o topo do intervalo indicado.

“Apesar de ter atingido o limite inferior do range de vendas do guidance, a Cyrela conseguiu alcançar o patamar pretendido e afastou os rumores de que não conseguiria cumprir a meta, especialmente após ter divulgado números consolidados até 13/dez/10, quando faltava um significativo montante de vendas a ser atingido”, afirmou o analista Armando Halfeld, da Ativa Corretora.

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