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Ibovespa segue bolsas internacionais e cai; Santander é destaque de alta

Número de pedidos de auxílio-desemprego desagrada investidores e adiciona mais aversão ao risco aos negócios

Units do Santander assumem o destaque de ganhos do Ibovespa nesta quinta-feira; em 2011, os papéis caem 35,5% (Pedro Armestre/AFP)

Units do Santander assumem o destaque de ganhos do Ibovespa nesta quinta-feira; em 2011, os papéis caem 35,5% (Pedro Armestre/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2011 às 12h40.

São Paulo – Acompanhando o desempenho dos mercados globais, o Ibovespa opera em terreno negativo nesta quinta-feira. O principal índice da bolsa registrava perdas de 1,6%, aos 52.906 pontos. No acumulado de agosto, o índice amarga uma queda de 10%.

Os investidores repercutem dados divulgados sobre a economia americana: o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu 5 mil na semana passada, para 417 mil. O resultado contrariou a expectativa de queda de 3 mil pedidos, para 405 mil.

Apesar do resultado ter vindo pior que o esperado, o foco dos investidores está no simpósio do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de Kansas City, em Jackson Hole, e na Apple, cujo CEO da companhia, Steve Jobs, renunciou ontem ao cargo.

O simpósio em Jackson Hole começa hoje,mas o ponto alto do encontro ocorrerá sexta-feira, quando o presidente do Fed, Ben Bernanke, fará seu discurso. Os investidores aguardam por algum tipo de alívio monetário para estimular a economia, como um QE3 (Quantative Easing 3, na sigla em inglês) para uma terceira rodada de compras em larga escala de títulos da dívida americana.

Em Wall Street, as ações da Apple, segunda maior companhia do mundo em valor de mercado, abriram com queda superior a 3% nesta quinta-feira na Bolsa de Nova York, reagindo a informação de que o CEO da companhia, Steve Jobs, renunciou ao cargo. Tim Cook, diretor de operações, foi escolhido como seu sucessor.

Os papéis da Apple se valorizaram 9.020% desde que o jornal San Francisco Chronicle revelou que Jobs iria se tornar CEO da companhia em 29 de julho de 1997. Durante o mesmo período, a companhia cresceu de 2,08 bilhões de dólares para 348,7 bilhões de dólares em valor de mercado.

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Santander

Em meio ao pessimismo presente entre os investidores, as units do Santander (SANB11) operam na contramão. Os papéis assumiam o destaque de valorização do Ibovespa com uma valorização máxima de 6,1%, negociados a 14,75 reais.

A instituição aprovou um novo programa de recompra de units, representativas, cada uma, de 55 ações ordinárias e 50 ações preferenciais de emissão da companhia para manutenção em tesouraria ou posterior alienação.

De acordo com o comunicado, serão adquiridos até 57 milhões de papéis, que representam 3,1 milhões de ações ordinárias e 2,8 milhões de ações preferenciais. O prazo da operação é de até 365 dias, encerrando-se em 24 de agosto de 2012.

Em 2011, as units do Santander registram desvalorização de 36,5%, enquanto o índice que mede o desempenho de empresas do setor financeiro na bolsa brasileira, o IFIN, cai 21%.

Usiminas

As ações ordinárias da Usiminas (USIM3) operam em forte queda neste pregão. Os papéis caíam 5,1%, ao preço de 23,04 reais.

A siderúrgica teve sua recomendação rebaixada de alocação em linha com a média de mercado (equalweight) para abaixo da média de mercado (underweight) pelo analista Leonardo Corrêa, do Barclays Capital. O preço-alvo é de 11 reais, segundo relatório obtido pela Bloomberg.

A Usiminas é uma das poucas companhias que oferecem ganhos ao acionista no desempenho de 2011. No período, as ações ordinárias acumulam valorização de 8,6%.

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