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Bolsa sobe quase 1% antes de feriado, de olho em risco fiscal

Índice passa por correção antes do dia da Proclamação da República, quando não haverá pregão

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 14 de novembro de 2022 às 10h37.

Última atualização em 14 de novembro de 2022 às 18h40.

O Ibovespa subiu quase 1% nesta segunda-feira, 14, com investidores ainda atentos à questão fiscal que derrubou o índice em 5% na última semana. O alívio no campo político veio com a notícia de que os gastos do próximo governo podem ser menores que o esperado.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva está avaliando um plano alternativo de gasto extra-teto menor para 2023, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg. A proposta prevê a retirada de cerca de R$ 130 bilhões do teto no próximo ano, R$ 45 bilhões a menos do que a PEC da Transição.

Existe a notícia, ainda, de que lideranças do Centrão estão se movimentando no Congresso para diminuir o impacto dos gastos da PEC. Segundo o Estadão, o grupo partidário trabalha por uma flexibilização para liberar, até o fim do ano, R$ 7,9 bilhões de emendas do orçamento secreto que estão hoje bloqueadas.

As discussões a respeito da PEC devem ser retomadas com mais força a partir de quarta-feira, 16, após o feriado do dia da Proclamação da República nesta terça, 15. Vale lembrar que não haverá pregão amanhã.

Dólar e exportadoras recuam

O efeito político das discussões sobre a PEC da Transição foi sentido principalmente no dólar, que recuou contra o real na contramão do desempenho internacional da moeda americana. 

  • Dólar comercial: - 0,7, a R$ 5,299

Na bolsa, a queda da moeda americana afetou os papéis das exportadoras, que foram o principal destaque de queda do dia. 

Os papéis recuam principalmente em um movimento de correção, após fortes altas na última semana com os balanços do terceiro trimestre. A JBS, por exemplo, saltou 12% no último pregão.

Embraer cai com balanço do 3º tri

A Embraer acompanhou os frigoríficos entre as maiores quedas do dia. Os papéis caíram em reação ao resultado da companhia no 3º trimestre. A companhia reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 93,8 milhões no terceiro trimestre, ante perdas de R$ 179,7 milhões no mesmo período do ano passado, uma retração de 47,8%.

  • Embraer (EMBR3): - 6,1%

Leia mais: Embraer (EMBR3) tem prejuízo líquido ajustado de R$ 93,8 milhões no 3º trimestre

Maiores altas do dia

Na ponta positiva, as ações associadas à economia local subiram após a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do PIB brasileiro.

Após queda em agosto, a economia brasileira mostrou ligeira alta em setembro segundo o IBC-Br. O indicador subiu 0,05%, considerando a série livre de efeitos sazonais – dentro do esperado pelo mercado. Em agosto, a queda havia sido de 1,13%.

O indicador deu força aos papéis mais mais dependentes do cenário macroeconômico. As maiores altas ficam com as Méliuz, Azul, GOL e Pão de Açúcar e além do ressegurador IRB, que dispara mais de 13%.

  • IRB (IRBR3): + 14,63%
  • Méliuz (CASH3): + 10,91%
  • Azul (AZUL4): + 6,53%
  • GOL (GOLL4): + 5,61%
  • GPA (PCAR3): + 5,16%
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