B3: pregão em São Paulo reflete dia de liquidez reduzida com feriado nos EUA e indicadores no radar (Gustavo Scatena/B3/Divulgação)
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Publicado em 3 de setembro de 2025 às 17h25.
Última atualização em 3 de setembro de 2025 às 17h33.
O Ibovespa fechou, nesta quarta-feira, 3, com queda de 0,34% aos 139.863 pontos. Na terça-feira, 2, o principal índice da bolsa fechou com queda de 0,67%, aos 140.335 pontos.
O mercado repercutiu na sessão a produção industrial de julho, que veio em linha com a expectativa do mercado, com recuo de 0,2%. Nos últimos 12 meses, o índice tem alta de 1,9%.
Nos Estados Unidos aconteceu audiência entre representantes do Brasil e EUA, realizada pelo USTR, órgão ligado à Casa Branca que trata do comércio internacional. O encontro visou discutir a chamada Seção 301, que investiga, após pedido do presidente Donald Trump, se o Brasil tem práticas comerciais prejudiciais aos Estados Unidos, o que pode abrir precedente de novas sanções tarifárias contra o Brasil.
O mercado internacional também se moveu aliviado após decisão de um juiz federal nos Estados Unidos permitindo que a Alphabet, grupo do Google, mantenha o controle tanto de seu navegador, o Chrome, como do sistema operacional móvel Android.
A empresa vinha sofrendo pressão em caso antitruste em torno de ambos sistemas. As ações da empresa de tecnologia têm enorme peso na bolsa de Nova York.
Enquanto isso, no Brasil, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro teve seu segundo dia no STF.
No câmbio, o dólar fechou em queda de 0,40%, a R$ 5,452. A moeda americana teve três altas seguidas nos últimos dias.
No Brasil, dados da produção industrial no país em julho saíram em linha com as expectativas nesta quarta. A queda no mês foi de 0,2%. Em relação a julho de 2024, na série sem ajuste, houve expansão de 0,2%. O acumulado no ano foi de 1,1% e o dos últimos 12 meses chegou a 1,9%.
Segundo o IBGE, a atividade com mais influência negativa foi a metalurgia (-2,3%), que interrompeu dois meses consecutivos de crescimento na produção. Entre as 11 atividades que mais mostraram avanço na produção, destaques para produtos farmoquímicos e farmacêuticos (+7,9%).
Já no exterior, o grande destaque do dia foram os dados do relatório Jolts de julho, que apontou queda na criação de vagas, a 7,181 milhões, de 7,357 milhões (revisado de 7.437 milhões), ante o consenso de 7,4 milhões.
Na Ásia, os principais mercados fecharam mistos nesta quarta-feira. O Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,60%. Já o CSI 300, que reúne as principais ações de Xangai e Shenzhen da China, a queda foi de 0,68%.
O índice japonês Nikkei 225 caiu 0,88%, e o Topix, baixa forte de 1,07%, motivado por incertezas políticas no Japão, após o secretário-geral do Partido Liberal Democrata (PLD), Hiroshi Moriyama, pedir renúncia pela derrota eleitoral em julho, não aceita pelo primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu a 0,38% e o Kosdaq fechou em alta de 0,35%.
Na Índia, o Nifty 50 subiu 0,55% e o Sensex, alta de 0,51%. O S&P/ASX 200, da Austrália, caiu 1,82%, com incertezas econômicas globais e dados do PIB mais forte do que o esperado pressionando a bolsa australiana.
Na Europa, as bolsas fecharam no campo positivo. O índice francês CAC 40 subiu 0,86%, enquanto o alemão DAX valorizou 0,34%, o europeu Stoxx 600 avançou 0,66% e o britânico FTSE 100 teve alta de 0,66%.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones caiu 0,06%, enquanto o S&P 500 subiu 0,51% e Nasdaq avançou 1,02%.