Mercados

Ibovespa fecha em leve queda; Oi dispara 15,8% e supera os R$ 2

Novos casos de coronavírus na Europa e na Ásia aumentam temores sobre segunda onda da doença

Bolsa: Ibovespa cai 0,35% e encerra em 104.109,07 pontos (Amanda Perobelli/Reuters)

Bolsa: Ibovespa cai 0,35% e encerra em 104.109,07 pontos (Amanda Perobelli/Reuters)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 28 de julho de 2020 às 17h00.

Última atualização em 28 de julho de 2020 às 17h57.

A bolsa brasileira fechou em queda, nesta terça-feira, 28, com os investidores avaliando resultados da temporada de balanços e o surgimento de novos casos de coronavírus em regiões da Ásia e Europa que já tinham obtido algum controle sobre a doença. O Ibovespa, principal índice de ações, caiu 0,35% e encerrou em 104.109,07 pontos.

Com o aumento de novos casos de Covid-19, países europeus retomaram restrições de locomoção, principalmente com relação aos espanhóis, onde a doença volta a se alastrar de forma mais acelerada. A França, por exemplo, pediu para que seus cidadãos não viagem ao país ibérico e o Reino Unido ordenou que os turistas espanhóis fiquem de quarentena ao chegar no país. Já a Bélgica cogita um novo lockdown.

Já na Ásia, alguns países adotaram medidas de isolamento ainda duras. No Vietnã, por exemplo, a terceira maior cidade do país teve que ser fechada nesta semana, enquanto Hong Kong proibiu reuniões com mais de duas pessoas e ordenou o fechamento de restaurantes.

Nos Estados Unidos, o índice S&P 500 caiu 0,65% e o Nasdaq, 1,27%.

Por aqui, as ações da Oi, que já vinham de forte alta com a nova proposta de 16,5 bilhões de reais do consórcio TIM/Vivo/Claro por seus ativos móveis, subiram ainda mais após o jornal O Globo noticiar que a Highline estuda cobrir a proposta. No dia, as ações da Oi dispararam 15,8% e encerraram cotadas a 2,05 reais.

“Mais uma notícia positiva para a Oi. Vamos ver como a Highline se posiciona, mas tudo aponta para um leilão que tende a favorecer os acionistas da Oi”, afirmou Bruno Lima, analista de renda variável da Exame Research.

Os papéis da TIM e a da Telefônica Brasil, controladora da Vivo, arrefeceram o movimento de alta e encerraram com respectivas valorizações de 2,27% e 2,1%.  Gustavo Bertotti, economista da Messem, ressalta que além da aquisição, a compra dos ativos móveis pelo consórcio também representa uma menor concorrência no setor. “Para o consumidor não é bom, já que o oligopólio fica menor. Mas a Vivo e a TIM vão poder aumentar significativamente a receita. 

Entre as maiores altas do Ibovespa ficaram as ações da Cogna, com alta de 8,04% e da Via Varejo, com 7,93% de valorização. "Foi mais um movimento de recuperação. Os dois papéis vinham em uma tendência de alta muito grande. Na semana passada, nós vimos uma forte realização. Mas hoje já voltaram para o patamar de preço anterior", disse Henrique Esteter, analista da Guide Investimentos.

Outra ação que apresentou forte alta foi a do Carrefour, subindo 5,34%. A companhia, que divulgou balanço após o fechamento do pregão de ontem, registrou lucro líquido de 713 milhões de reais no segundo trimestre - 74,9% maior do que apresentado no mesmo período do ano passado. Na esteira do resultado do Carrefour, os papéis do Grupo Pão de Açúcar avançam de 3,21%.

No campo negativo, o destaque ficou com a AES Tietê, que despencou 8,35%, após o BNDES vender sua parte na empresa para a controladora americana AES Corporation, pondo fim à expectativa de que aquisição por parte da Eneva - o que era visto com bastante otimismo pelos investidores.

Acompanhe tudo sobre:AçõesIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Depois de Nvidia, Intel agora sonda Apple para parceria, diz agência

Assaí aciona Justiça para se proteger de dívidas tributárias do GPA

Oracle prevê levantar US$ 15 bilhões com emissão de títulos corporativos

Ibovespa fecha em ligeira alta e garante novo recorde de fechamento