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Ibovespa hoje: índice sobe com NY após ata do Fed; varejistas disparam

Petrobras cai com petróleo em meio a temores de menor demanda por recessão

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 6 de julho de 2022 às 10h51.

Última atualização em 6 de julho de 2022 às 17h54.

O Ibovespa virou para alta nesta quarta-feira, 6, acompanhando o movimento das bolsas de Nova York. No exterior, os mercados entraram em terreno positivo após a ata do Fomc, o comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano).

  • Ibovespa: + 0,32%, aos 98.701 pontos

A ata reforçou a preocupação da autoridade monetária com o avanço da inflação e, por hora, tirou o foco dos mercados de ações da possibilidade de recessão nos Estados Unidos. 

  • S&P 500 (Nova York): + 0,23%
  • Dow Jones (Nova York): + 0,36%
  • Nasdaq (Nova York): + 0,35%

A mudança ajudou o Ibovespa a superar a queda dos papéis da Petrobras (PETR3/PETR4), que derrubaram o índice no início do dia. A possibilidade de recessão continua pesando sobre os mercados de commodities, e o petróleo volta a cair no exterior. A commodity, que já havia despencado 10% na véspera, cai mais de 3% nesta quarta e é negociada abaixo de US$ 100 pela primeira vez desde abril.

Preocupações sobre risco de recessão global se tornaram principal gatilho de desvalorização da commodity. O Citigroup prevê em relatório recente que, com queda de demanda, o preço da commodity caia do patamar de US$ 100 para US$ 65. Além da Petrobras, outras ações do setor acompanham as quedas.

 O mercado de câmbio também reflete as preocupações do mercado. O Dxy, índice que representa a variação do dólar contra moedas desenvolvidas (e mais negociadas) voltou a renovar o maior patamar desde 2002 nesta manhã. No Brasil, a moeda americana sobe pelo quinto pregão consecutivo, seguindo a alta do dólar frente a divisas emergentes. 

  • Dólar: + 0,43%, R$ 5,412

Destaques de ações

Apesar dos temores de recessão internacional, varejistas brasileiras voltam a disparar pelo segundo dia consecutivo na B3. Além das gigantes do setor, como Magazine Luiza, Via e Americanas, empresas dependentes da atividade econômica local acompanham as maiores altas do dia. Os papéis estiveram entre as maiores quedas do ano, pressionados por alta das taxas Selic e de inflação.

"O mercado está buscando oportunidades em ativos descontados e de olho em algum sinal da inflação perdendo força, com expectativa de redução de preço dos combustíveis via ICMS. É um movimento que já vem acontecendo. Os investidores querem entender o fim do ciclo de alta da Selic", disse Régis Chinchila, analista da Terra.

Também são destaque de alta as ações da CCR (CCRO3), que avança após anunciar que a Andrade Gutierrez irá vender sua participação de quase 15% para a Itaúsa e Votorantim por R$ 4,1 bilhões. A Itaúsa ficará com a maior parte, pagando R$ 2,9 bilhões por cerca de 10,3% do negócio.

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