Bolsa de Valores do Brasil, a B3 (Gustavo Scatena/B3/Divulgação)
Redatora na Exame
Publicado em 6 de maio de 2025 às 10h35.
Última atualização em 6 de maio de 2025 às 15h01.
Após abrir em alta mais expressiva no começo do dia, o Ibovespa perdeu parte do fôlego e operava mais próximo da estabilidade por volta das 15h, com leve valorização de 0,01%.
Apesar disso, o índice ainda se sustenta no azul, puxado principalmente por commodities e petroleiras, na contamão das bolsas americanas, que negociam em baixa às vésperas da decisão do Federal Reserve (Fed) sobre as taxas de juros.
O dólar, por sua vez, mantém alta firme de 0,36%, cotado a R$ 5,711.
Na contramão do Ibovespa, as bolsas americanas caem nesta terça-feira. Dow Jones cai 0,71%, S&P 500 recua 0,62% e Nasdaq perde 0,74%.
O nervosismo do mercado aumentou depois que a Ford e a Mattel se juntaram às empresas que suspenderam as projeções anuais devido à incerteza relacionada às tarifas na noite desta segunda-feira.
O déficit comercial dos Estados Unidos subiu 14% em março, para o recorde de US$ 140,5 bilhões, impulsionado por uma corrida de empresas para antecipar importações antes do aumento de tarifas promovido pelo presidente Donald Trump. A alta no déficit acabou puxando o PIB do primeiro trimestre para o terreno negativo pela primeira vez em três anos.
Ainda nos EUA, o secretário do Tesouro, Scott Bessent afirmou estar em “estado de alerta” para o esgotamento da capacidade de empréstimo restante sob o teto da dívida federal. Em audiência na Câmara dos Deputados, ele prometeu, no entanto, que o governo não deixará de cumprir suas obrigações de pagamento.
No Brasil, o PMI de serviços, divulgado nesta manhã pela S&P Global, voltou a contrair em abril pela primeira vez desde o início do ano. O índice caiu a 48,9 no mês passado, contra 52,5 em março.
A agenda do dia também inclui o primeiro dia de reunião do Copom, com expectativa de corte de 0,25 ponto percentual na Selic amanhã.
No campo político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com ministros às 15h para discutir o escândalo envolvendo fraudes no INSS. Ele embarca ainda hoje para a Rússia, com previsão de seguir depois para a China.