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Bolsa retoma 98 mil pontos com exterior e perspectivas sobre privatizações

Às 12:04, o Ibovespa subia 0,77 %, a 97.955,06 pontos

B3: tom positivo prevalecia na bolsa paulista (Ricardo Moraes/Reuters)

B3: tom positivo prevalecia na bolsa paulista (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de junho de 2019 às 10h42.

Última atualização em 7 de junho de 2019 às 12h51.

São Paulo - O tom positivo prevalecia na bolsa paulista nesta sexta-feira, favorecido pelo viés benigno no exterior e repercussão favorável de decisão do STF que dispensa aval prévio do Congresso Nacional para a venda do controle de acionário de subsidiárias de estatais.

Às 12:04, o Ibovespa subia 0,77 %, a 97.955,06 pontos. O volume financeiro somava 3,96 bilhões de reais.

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na véspera que a alienação do controle acionário de subsidiárias de estatais não precisa de um aval do Congresso Nacional, abrindo caminho para privatizações pelo governo.

Na visão da equipe da corretora Mirae Asset, a decisão é "extremamente favorável para o governo do Jair Bolsonaro/plano de privatizações e transmite segurança jurídica para investidores locais e externos".

A pauta brasileira também mostrou que a inflação oficial do Brasil desacelerou para o nível mais baixo em seis meses, mostrando que permanece sob controle e abrindo espaço para um corte dos juros.

No exterior, foram dados fracos sobre o mercado de trabalho norte-americano que reforçaram apostas de uma queda nos juros pelo Federal Reserve, animando Wall Street, assim como notícias mais positivas sobre a disputa comercial EUA-China.

Destaques

- PETROBRAS PN subia 1,3% e PETROBRAS ON valorizava-se 1,55% após o ministro do STF Edson Fachin liberar a venda da Transportadora Associada de Gás (TAG), da companhia, a um consórcio integrado pela elétrica francesa Engie, pouco após decisão do plenário da corte sobre alienação do controle acionário de subsidiárias de estatais. As ações ainda tinham de pano de fundo a alta do petróleo no exterior.

- BANCO DO BRASIL tinha acréscimo de 0,3%, enfraquecido por preocupações sobre o setor bancário com uma eventual recuperação judicial pelo conglomerado Odebrecht. A Moody's disse que o fracasso da venda da participação na Braskem pode impactar credores da Odebrecht, incluindo o banco estatal. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN subia 1% e BRADESCO PN avançava 0,7%.

- ESTÁCIO valorizava-se 7,5%, liderando com folga as altas do Ibovespa, após quatro pregões seguidos de baixa, período em acumulou declínio de quase 7%. Analistas do Itaú BBA elevaram a recomendação para as ações para 'outperform', com preço-alvo de 40 reais, argumentando que o mercado está subestimando a criação de valor que a estratégia de expansão do ensino à distância da companhia e as alavancas de eficiência devem gerar. No setor, KROTON subia 3,8%.

- CYRELA avançava 4,5%, tendo também de pano de fundo relatório do Itaú BBA, em que os analistas elevaram o preço-alvo para 19,7 reais ante 16,6 reais, mas reiteraram recomendação 'market perform'. Na véspera, a construtora e incorporadora disse que seu diretor de Relações com Investidores, Paulo Gonçalves, renunciou e que Miguel Mickelberg acumulará cargos de diretor financeiro e de RI.

- BRMALLS subia 3%, em sessão positiva para ações de empresas de shopping centers listados no Ibovespa, com IGUATEMI em alta de 1,5% e MULTIPLAN valorizando-se 1,2%. Em nota a clientes, a analista Bruna Pezzin, da XP Investimentos, afirmou que, apesar dos desafios de curto prazo, mantém visão otimista para o setor e acredita que essas três empresas se beneficiarão de recuperação econômica potencialmente mais acentuada a partir do segundo semestre.

- ALIANSCE, que não está no Ibovespa, tinha elevação de 6,2%, após a administradora de shopping centers anunciar na noite da véspera que assinou um acordo por meio do qual será incorporada pela Sonae SIERRA BRASIL, que recuava 3,6%. Analistas do Bradesco BBI classificaram a união como um "casamento feliz" e elevaram o preço-alvo da ação da Aliansce para 27 reais.

- VALE mostrava variação positiva de 0,3%, em sessão com feriado na China, descolada da alta mais forte em papéis de mineradoras no mercado europeu.

- BRF caía 2,4% e MARFRIG perdia 1,7%, conforme o mercado segue avaliando o anúncio de fusão entre as duas companhias. Mais cedo, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou que as exportações de carne de frango do Brasil, maior exportador global do produto, totalizaram 381,1 mil toneladas em maio, alta de 14,4% ante o mesmo período do ano passado, com uma disparada nas vendas para a China.

- HYPERA cedia 1,7%, com o papel pressionado após notícias de que a Procuradoria-Geral da República pediu nesta semana o cancelamento do acordo de delação premiada do ex-diretor da companhia Nelson Mello na operação "Lava Jato".

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