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Hypermarcas vê manutenção da demanda, mas ações sobem

No fim da sexta-feira, a companhia divulgou um crescimento de 12% na receita líquida do terceiro trimestre sobre igual período de 2012


	Adoçante Zero-Cal, da Hypermarcas: às 12h10, os papéis da companhia de bens de consumo e de saúde avançavam 1,48%, a 19,92 reais, ante alta de 0,58% do Ibovespa
 (Reprodução)

Adoçante Zero-Cal, da Hypermarcas: às 12h10, os papéis da companhia de bens de consumo e de saúde avançavam 1,48%, a 19,92 reais, ante alta de 0,58% do Ibovespa (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 12h02.

São Paulo - O presidente-executivo da Hypermarcas, Claudio Bergamo, afirmou nesta segunda-feira que enxerga manutenção do ritmo de crescimento mostrado no ano para a demanda do quarto trimestre, após resultados mais fortes entre julho e setembro.

"No acumulado do ano, a gente vê taxa de 9 a 10 por cento de crescimento no setor...líquida de descontos, o que acreditamos ser boa taxa e não vemos nenhuma mudança significativa nem para cima e nem para baixo", observou.

No fim da sexta-feira, a companhia divulgou um crescimento de 12 por cento na receita líquida do terceiro trimestre sobre igual período de 2012, para 1,11 bilhão de reais.

Segundo Bergamo, houve aceleração em agosto e setembro, após arrefecida no mês de julho. "A gente teve um ano bastante errático em termos de demanda", disse.

Apesar da companhia ter sinalizado que a expansão deverá ficar em patamar mais modesto daqui para frente, mais próxima do crescimento de 10,3 por cento observado no acumulado do ano, suas ações subiam nesta segunda-feira, embaladas pela melhoria operacional mostrada nas cifras do terceiro trimestre.

Às 12h10, os papéis da companhia de bens de consumo e de saúde avançavam 1,48 por cento, a 19,92 reais, ante alta de 0,58 por cento do Ibovespa.

Com a redução das despesas gerais, administrativas e com vendas compensando o aumento dos gastos com marketing, a companhia elevou a rentabilidade no último trimestre.

A margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada subiu 1,9 ponto percentual sobre o mesmo período do ano passado, a 23,8 por cento.


Já o lucro avançou 17,3 por cento, para 80,2 milhões de reais. Analistas esperavam leve recuo na comparação anual, para 66,7 milhões de reais.

"Os números ficaram acima das estimativas, mostrando um forte desempenho operacional e incorporação de sinergias pela companhia, o que a coloca mais próxima de alcançar seu guidance no ano e de um caminho de crescimento sustentável", disse o diretor da Ativa Corretora, Ricardo Correa, em nota aos clientes.

Nesta manhã, o UBS elevou o preço-alvo para as ações da Hypermarcas de 20 para 23,50 reais, na esteira de um terceiro trimestre com "outro conjunto de bons resultados, com ganhos na receita e produtividade", disse o analista Gustavo Piras Oliveira, em relatório.

Estoques

A Hypermarcas sinalizou em teleconferência que deverá encerrar 2013 com níveis de estoques mais normalizados, após elevá-los durante o primeiro semestre em meio ao processo de consolidação operacional da fábrica de Senador Canedo (GO).

"O primeiro passo para isso é parar de fazer compra de matérias-primas e embalagens. Começou no terceiro trimestre e deve continuar", disse o diretor financeiro da empresa, Martim Mattos, durante a teleconferência.

Ele afirmou que a Hypermarcas vê manutenção da volatilidade no mercado de câmbio em 2014. Para reduzir esse impacto, a empresa divulgou na última sexta-feita que aumentou sua proteção cambial, com operações de hedge cobrindo cerca de 50 por cento da exposição à moeda norte-americana, relacionada à emissão de bônus de 750 milhões de dólares, com vencimento em 2021.

No fim do último mês, a companhia já havia anunciado a recompra desses bônus no valor de até 300 milhões de dólares.

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