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Hypera (HYPE3): Credit Suisse eleva preço-alvo e recomenda compra da ação

Analistas incorporam em nova análise perspectiva de crescimento para unidade de negócios não destinada ao varejo

Recepção da Hypera: ações acumulam forte alta no ano (Hypera Pharma/Divulgação)

Recepção da Hypera: ações acumulam forte alta no ano (Hypera Pharma/Divulgação)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 19 de julho de 2022 às 15h06.

Última atualização em 19 de julho de 2022 às 15h09.

O Credit Suisse elevou o preço-alvo para as ações da Hypera (HYPE3) de R$ 44 para R$ 50 e reiterou a recomendação de compra, em novo relatório sobre a empresa. O valor considerado justo pelos analistas do banco considera cerca de 25% de potencial de alta (upside) em relação à cotação atual.

"A empresa vem apresentando crescimento orgânico consistentemente acima do mercado, otimizou despesas favorecida por ganhos de escala e agora está entrando no mercado farmacêutico não destinado ao varejo (non-retail)", afirmaram em relatório.

O novo preço-alvo, segundo os analistas, incorpora o potencial para a frente de negócios non-retail da Hypera. O segmento farmacêutico abrange os medicamentos de alto custo financiados por órgãos públicos, como os para tratamentos de câncer, ou destinados a hospitais.

O Creddit Suisse ressaltou que esse mercado deve apresentar resultados melhores que o de medicamentos de varejo, dado aumentos de preços acima do esperado e volumes mais sustentáveis.

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"Vemos a tese como a de um gerador de fluxo de caixa relativamente estável (e crescente). A empresa comanda uma rentabilidade confortável (margem EBITDA de 35-36%), com crescimento consistente. Vemos a tese como a de um gerador de fluxo de caixa relativamente estável (e crescente)."

Acordo de leniência e interesse de gigantes

As ações da Hypera acumulam cerca de 44% de alta no ano. A maior valorização do período ocorreu no início de junho, após a companhia anunciar um acordo de leniência como fruto da Operação Tira-Teima, para investigar de supostos pagamentos de propinas a políticos.

A ação subiu mais de 7% naquele dia, em sua maior alta desde abril de 2020, quando todo o mercado ainda passava pela enorme volatilidade do início da pandemia. A interpretação do mercado foi de que o acordo saiu melhor que o esperado, além de ter tirado o rico jurídico que envolvia e companhia.

Pelos termos, o fundador e maior acionista da empresa, João Alves de Queiroz Filho, pagará à vista toda a quantia acordada de R$ 110 milhões.

Embora a conjuntura global não tenha contribuído com a alta das ações desde então, há rumores de que a Hypera vem sendo disputada pelas gigantes Eurofarma e Grupo NC, da EMS. O Grupo NC teria tomado a frente das negociações, segundo reportagem do Valor.

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