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HSBC vê risco maior e rebaixa Hypermarcas

Falta de convicção nas estimativas de crescimento da receita e a acumulação de estoques motivaram a redução do preço-alvo

Para o HSBC, a empresa poderia ter ido melhor caso tivesse alterado a política comercial de forma gradual, em vez de concentrar todos esforços em apenas um trimestre (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Para o HSBC, a empresa poderia ter ido melhor caso tivesse alterado a política comercial de forma gradual, em vez de concentrar todos esforços em apenas um trimestre (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2011 às 17h40.

São Paulo – A maior percepção de risco para as operações da Hypermarcas (HYPE3) levou a equipe de análise do HSBC a reduzir hoje o preço-alvo para 12 meses de 21 reais para 18 reais. A recomendação neutra para os papéis foi mantida. Os papéis da fabricante e detentora de marcas de bens de consumo caíram quase 30% em maio, a maior queda da bolsa no mês.

“A combinação de falta de convicção em nossas estimativas de crescimento da receita em 2011, bem como a complexidade operacional criada pela acumulação dos estoques, levou-nos a aumentar nossa premissa de prêmio de risco para as ações da Hypermarcas”, afirmam os analistas Francisco Chevez e Manisha Chaudhry.

O banco ressalta, porém, que a empresa adotou uma abordagem correta para enfrentar a desconfiança dos investidores após os resultados do primeiro trimestre. Os analistas citaram a atualização de uma apresentação no site da empresa que aborda algumas preocupações dos investidores. O documento, publicado em 14 de maio, detalha as mudanças nas estratégias de vendas e preços, entre outras.

“O estoque do primeiro trimestre da Hypermarcas aumentou 108% e isso representa uma fonte de preocupação importante para nós. Apesar de parte desse aumento provir das empresas adquiridas, a maioria é consequência do menor número de pedidos de clientes devido à mudança nos termos comerciais”, dizem.

Para os analistas, a empresa poderia ter ido melhor caso tivesse alterado a política comercial de forma gradual, em vez de concentrar todos esforços em apenas um trimestre. “Isso teria possibilitado que a empresa fizesse ajustes durante o processo e possivelmente evitasse a queda nas vendas no primeiro trimestre”, ressaltam.

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