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HSBC muda estimativas para 3 ações do setor de educação

Analistas elevaram as projeções para os papéis da Estácio e Kroton


	Forte alta recente pode causar mais volatilidade às ações do setor, avalia o banco
 (Kiko Ferrite/EXAME.com)

Forte alta recente pode causar mais volatilidade às ações do setor, avalia o banco (Kiko Ferrite/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2013 às 08h12.

São Paulo – Os analistas do HSBC revisaram as estimativas para o setor de educação na Bovespa em 2013, mostra um relatório publicado nesta semana. A principal alteração na análise das três empresas acompanhadas está na inserção de um indicador de volatilidade para afinar as projeções.

Os analistas Luciano Campos e Caio Moscardini lembram que as empresas tiveram um desempenho acima do Ibovespa na faixa aproximada entre 75% e 140% nos últimos 12 meses, com base no momento favorável de lucros e na percepção de que o governo brasileiro tem ajudado o setor.

“Se os resultados trimestrais continuarem robustos, é possível acontecer uma valorização adicional das ações. Entretanto, um pequeno sinal de diferença para menos nos lucros, ou qualquer sinal de menos apoio do governo pode provocar uma baixa acentuada no setor”, ressaltam.

O que acontece em 2015

O longo prazo também preocupa. “Por um lado, cremos que o número de alunos matriculados no mercado chegará ao pico em 2015, desacelerando o crescimento. Por outro, o FIES (crédito estudantil) pode ajudar com a melhoria dos preços. No saldo, temos uma visão neutra sobre o setor”, explicam.


O MEC (Ministério da Educação) estima que o Brasil possua 6,7 milhões de alunos matriculados no nível de ensino superior, incluindo os programas tradicionais e de ensino à distância. O número representa um crescimento de 3,8 vezes desde 2005.

“Com exceção do segmento de ensino público tradicional, que é livre de encargos e considerado um dos mais desejáveis pelos alunos, todos os demais segmentos, incluindo o de ensino à distância (hoje o de crescimento mais rápido no setor), irão atingir o pico em algum momento próximo a 2015”, estimam.

Neste ano, a estimativa é de um total de 8,1 milhões de alunos.

Estácio (ESTC3)

A empresa é a principal recomendação do HSBC. O preço-alvo foi elevado de 46,50 reais para 50 reais. A recomendação foi elevada de venda para neutra. O banco destaca a captação recente de quase 600 milhões de reais em ações e a intenção de usar esses recursos em aquisições que podem aumentar o número de alunos entre 100 a 120 mil até 2017, além da criação de 15 novos campi e novos polos de ensino à distância.

“Se precificarmos esse plano, seu valor de FCD [Fluxo de Caixa Descontado] subiria para R$67, mas existem riscos de execução significativos. Precificamos apenas metade das aquisições e nenhum projeto novo, pois estes necessitam da aprovação dos órgãos regulatórios”, analisam.


Kroton (KROT3)

O preço-alvo também foi elevado para a Kroton, que passou de 20,25 reais para 24,50 reais.

A recomendação subiu de venda para neutra.

“Ajustamos nossas estimativas em vista dos resultados do 4T12, do anúncio antecipado do ciclo de admissões do 1T13 e da divulgação do guidance para o exercício de 2013. Balanceamos o efeito da redução no número de alunos matriculados no segmento de programas presenciais com um aumento no segmento de ensino à distância, que tem margens mais elevadas”, afirmam.

Anhanguera (AEDU3)

A Anhanguera teve o preço-alvo mantido em 37 reais. A classificação continuou em eutra.

 

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