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HSBC eleva preço-alvo para ações do Pão de Açúcar

Banco está mais otimista com o futuro da empresa e aumenta projeções de receitas para os próximos dois anos; recomendação de compra é reiterada

HSBC tem recomendação de compra para ações do Pão de Açúcar (PCAR5) (Arquivo)

HSBC tem recomendação de compra para ações do Pão de Açúcar (PCAR5) (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2011 às 14h14.

São Paulo – “Depois de dois anos, surge um GPA (Grupo Pão de Açúcar) mais forte”. Em linhas gerais, uma avaliação bastante positiva. Esta conclusão que se tem ao ler o recente relatório do HSBC em relação ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR5).

O banco elevou o preço-alvo (dez/11) das ações da empresa de 74 para 79 reais, um potencial de valorização de 24,4%. Além disso, a recomendação de alocação acima da média de mercado (overweight) foi reiterada. Para o analista Francisco Chevez, depois de dois anos, surge um Pão de Açúcar mais forte.

“Acreditamos que a perspectiva para a empresa é positiva após a conclusão do longo processo de aquisição da Casas Bahia”. Chevez afirma que o foco agora está no crescimento e na melhoria da lucratividade. “Gostamos da estratégia do Pão de açúcar de consolidar suas marcas diferentes e produzir uma base de lojas mais orientada ao cliente neste ano”.

2011

O HSBC aposta em resultados positivos ao Pão de Açúcar em 2011. O principal motivo: a tendência favorável do consumo das famílias no Brasil. “Acreditamos que a companhia está em posição para conquistar participação de mercado de seus dois principais concorrentes, incluindo o Carrefour, que tem enfrentado problemas contábeis que afetaram suas operações e o Walmart Brasil, que passa por problemas internos”, lembra Chevez.

Nos últimos dois anos, o Pão de Açúcar foi beneficiado por sua forte presença no estado de São Paulo, onde se registra o crescimento mais rápido no consumo das famílias brasileiras. “Existe potencial de alta no lado financeiro; as despesas financeiras líquidas estão atualmente em 5% da receita líquida, mas podem cair para 3,5 - 4,5% já em 2011, com possibilidade de uma queda adicional através da redução da inadimplência e melhor avaliação de risco e cobranças”, projeta o HSBC.

Outro fator avaliado positivamente pelo banco é a transição das antigas lojas CompreBem e Sendas para Extra, que foi “bem recebida pelos clientes do grupo e tem ajudado a melhorar a produtividade das lojas”. A expectativa é de que haja uma expansão no segmento de varejo de alimentos neste ano 2011, que seja sustentada por um aumento de 7% na área de vendas, combinada a um crescimento de 7% - 8% nas vendas mesmas lojas, conforme avalia Francisco Chevez.


A expectativa do Pão de Açúcar para o crescimento da receita no setor em 2011 foi elevada para 9%, frente a 4,5% anteriormente, revela o HSBC. “A integração de Extra Eletro, Globex e Casas Bahia, deve gerar economias de escala e impulsionar os resultados. Uma das surpresas positivas nesse segmento pode ser o lançamento iminente da nova divisão de comércio eletrônico, chamada de Nova Pontocom”, diz. A nova empresa será apresentada em 30 de março, segundo o banco.

"Hoje já não é mais como no princípio do hipermercado em que a alimentação atraia os clientes para vender o resto. Atualmente é necessário que exista a atração dos não-alimentos. É preciso ser um especialista em praticamente todas as áreas e nós estamos conseguindo fazer isso", disse recentemente presidente do grupo, Abílio Diniz.

O Grupo Pão de Açúcar (com a Globex) encerrou o ano de 2010 com lucro líquido de 722,4 milhões de reais. Sem a Globex o resultado foi de 819,2 milhões de reais no ano - 25,2% superior aos 654,0 milhões de reais obtidos em 2009. No balanço final de 2010, o grupo afirmou que espera que o mercado consumidor siga aquecido nos próximos anos, em decorrência de fatores como a Copa do Mundo, as Olimpíadas, o bom momento do setor imobiliário e os programas governamentais. 

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