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HRT diz que acordo com TNK-BP esta de pé; ações sobem

Papéis da empresa registraram alta superior a 12% após a confirmação de que a parceria não foi desfeita

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2011 às 13h10.

As ações da HRT Participações em Petróleo subiram mais de 12 por cento nesta quinta-feira na Bovespa após a companhia ter negado que o acordo com a petroleira TNK-BP esteja em risco.

Comentários no mercado na quarta-feira de que a parceria com a TNK --negócio importante para o desenvolvimento da bacia do Solimões-- poderia fracassar fizeram as ações da companhia perderem 14 por cento.

Nesta quinta-feira, o presidente-executivo da HRT, Marcio Mello, afirmou que o acordo está aprovado e os documentos necessários serão assinados em breve.

"Fiquei absolutamente surpreso com esses comentários...Temos fundamentos totalmente sólidos", disse Mello em teleconferência com analistas.

"Foi uma negociação exaustiva que está envolvendo o futuro da nossa companhia. Nós escolhemos essa companhia por causa do potencial dela na área de gás com tecnologia que nós necessitamos", disse Mello. "Conhecemos as pessoas que vão trabalhar conosco e estamos extremamente confortáveis e satisfeitos".

A TNK-BP é uma joint venture entre a britânica British Petroleum e o grupo AAR (Alfa, Access/Renova), com diversos ativos na Rússia, onde é a terceira maior companhia do setor de petróleo.


A empresa assinou acordo em julho para comprar os 45 por cento que a brasileira Petra possuía nos 21 blocos operados pela HRT na bacia dos Solimões, em negócio estimado na época em cerca de 850 milhões de dólares.

Assim, a TNK-BP será parceira da HRT no desenvolvimento dos blocos. Segundo analistas, havia uma disputa entre as duas empresas envolvendo a posição de operador nos blocos, que alimentou comentários de que a sociedade poderia não se concretizar.

Para os analistas Frank McGann e Conrado Vegner, do Bank of America Merril Lynch, o acordo HRT-TNK, se for efetivado, é bastante positivo para a brasileira porque elimina os riscos de ela ter de eventualmente desembolsar um grande volume de recursos para aquisição da participação da Petra, conforme previa o acordo de opção de compra.

"Além dos riscos financeiros, no caso da companhia ser obrigada a usar 1,2 bilhão de reais para comprar a participação de 45 por cento da Petra Energia, o acordo (com a TNK-BP) trará um parceiro forte e experiente, com acesso a capital para investir na exploração e desenvolvimento dos blocos", afirmaram, em relatório.

O banco manteve a recomendação de compra para o papel.

Por volta das 11h25, as ações da petroleira brasileira reduziam a alta para 7 por cento, enquanto o índice principal da bolsa ganhava 1 por cento.

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