B3: ainda há 42 companhias à espera de registro da CVM para levar seus IPOs adiante (Patricia Monteiro/Bloomberg/Getty Images)
Reuters
Publicado em 14 de outubro de 2020 às 19h57.
Última atualização em 14 de outubro de 2020 às 20h09.
Mais quatro empresas desistiram de suas ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) no Brasil no começo de outubro, segundo informações publicadas nesta quarta-feira no website da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A plataforma de aluguel de apartamentos mobiliados Housi, a empresa de produtos de saúde Elfa, a construtora Patrimar e a comercializadora de eletricidade 2W Energia engrossaram a lista de desistências, elevando para 11 o total de empresas que preferiram recolher os planos de estreia na B3.
O movimento sublinha como o plano de buscar recursos no mercado para financiar projetos de expansão, de olho num cenário de taxas de juro em mínimas recordes no país, tem se mostrado um caminho potencialmente frustrante diante da volatilidade do mercado turbinada pelos efeitos da pandemia de covid-19 e de incertezas político-econômicas domésticas e internacionais.
Ainda há 42 companhias à espera de registro da CVM para levarem seus IPOs adiante. Duas delas, a rede hospitalar Rede D'Or e o grupo educacional Cruzeiro do Sul, submeteram seus pedidos em outubro, ao mesmo tempo que outras também avaliam aguardar um melhor momento para vender suas ações.
Especialmente depois que algumas das que estrearam recentemente na bolsa paulista tiveram de se submeter a preços abaixo do que desejavam para levar suas ofertas adiante.
A construtora Melnick e a varejista Grupo Mateus venderam ações no piso da faixa indicativa, enquanto as construtoras Lavvi, Plano & Plano e Cury, além da rede de farmácias Pague Menos aceitaram concluir seus IPOs a preços abaixo do intervalo estimado.