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Hora de comprar? JPMorgan acredita que Ibovespa deve voltar a subir

Estrategista acredita que o mercado está oferecendo um ponto de entrada interessante após acumular forte queda no ano

Painel de cotações da B3 | Foto Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 | Foto Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

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Bloomberg

Publicado em 27 de outubro de 2021 às 07h26.

A derrocada que levou o mercado acionário brasileiro ao posto de pior bolsa global no acumulado do ano pode estar próxima de uma reversão, de acordo com o banco americano JPMorgan.

“O mercado oferece um ponto de entrada interessante, talvez o melhor que encontraremos em algum tempo”, escreveu Emy Shayo, estrategista de ações para América Latina do banco, em um relatório publicado nesta terça-feira, 26. “Se isso não for um fundo, com certeza se parece com um.”

Depois de recuar 10% desde o início do ano, o Ibovespa está sendo negociado a cerca de 8 vezes o lucro estimado para os próximos 12 meses, perto da mínima em cerca de uma década. O índice flertou com um bear market nos últimos dias diante da dúvida crescente sobre o comprometimento do país com suas regras fiscais, enquanto investidores esperam que o gasto adicional pressione a inflação e leve o Banco Central a elevar mais os juros. 

Enquanto revisões baixistas adicionais nas projeções de lucro e juros maiores podem pesar sobre as ações brasileiras, muito das notícias negativas já está no preço, escreveu Shayo.

Um fator importante adiante pode ser a continuidade da entrada de recursos estrangeiros. Os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 11,7 bilhões em ações na B3 neste mês até 22 de outubro, após uma saída líquida de R$ 5,7 bilhões no terceiro trimestre. Só na semana passada, a pior para o Ibovespa desde o início da pandemia, os investidores estrangeiros colocaram R$ 1,2 bilhão, excluindo entradas via ofertas de ações.

No início desta semana, estrategistas do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME) liderados por Carlos Sequeira também reiteraram sua recomendação overweight para o Brasil no portfólio de América Latina do banco. “Acreditamos que os valuations relativos já refletem, em maior medida, o cenário mais estressado”, disseram.

Já o Bank of America (BofA), cortou sua recomendação para as ações brasileiras, por conta da perspectiva de juros mais altos. O banco reduziu sua projeção para o Ibovespa de 130.000 pontos para 120.000 pontos.

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