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Heineken aumenta preço e vende mais no Brasil; receita global salta 27,5% no 3º tri

Maior mercado para a marca principal da holandesa, o Brasil registrou um avanço entre 8% e 9% de volume e acima de 30% de faturamento

Heineken (Diego Herculano/NurPhot/Getty Images)

Heineken (Diego Herculano/NurPhot/Getty Images)

A fabricante de cervejas Heineken viu a receita crescer 27,5%, para 9,42 bilhões de euros, no terceiro trimestre, com uma importante ajuda do mercado brasileiro. No mundo inteiro, o volume vendido pela cervejaria cresceu 8,9%, em linha com o que a companhia observou no Brasil, onde teve um crescimento de "um dígito alto" (algo na casa de 8% a 9%) para todo seu portfólio.

A Heineken é a segunda maior em vendas no país, com cerca de 20% do mercado, atrás da Ambev (ABEV3), que tem cerca de 60%. O resultado da holandesa ajuda o mercado a calcular o que esperar dos números da dona de Brahma, Skol e Antarctica que serão divulgados na madrugada desta quinta-feira, 27.

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Assim como em toda a operação global, o que puxou o consumo no Brasil foram os rótulos premium, em especial a marca Heineken - o país é o maior mercado da marca em todo o mundo. Globalmente, diz a empresa holandesa, o volume da marca Heineken cresceu 11,3% ou 14,9%, se desconsiderados os números da Rússia, país no qual a empresa fechou operações após o início da guerra.  Esse avanço foi especialmente puxado por Brasil, China, África do Sul, Vietnã, Holanda, Polônia, Alemanha e Nigéria, diz a empresa.

Por aqui, tanto Heineken quanto Amstel, seu rótulo "mainstream" (de faixa de preço intermediário) viram o volume crescer dois dígitos. Esse desempenho ajudou a companhia a registrar um avanço de pouco mais de 30% na receita da operação brasileira, segundo o relatório de resultados. O desempenho também foi impulsionado por aumentos de preços superiores aos do mercado. O portfólio mais barato, que inclui rótulos como Bavaria, Glacial e Kaiser, continuou e queda, com recuo entre 10% e 13%.

Inflação

A empresa manteve as perspectivas para o ano, com a projeção de uma melhora sequencial estável a pequena na margem de lucro operacional em relação ao ano passado. Mas o CEO, Dolf Van Den Brink, demonstrou preocupação com o ambiente inflacionário global.

"Vemos cada vez mais motivos para sermos cautelosos com as perspectivas macroeconômicas, incluindo alguns sinais de fraqueza na demanda do consumidor", escreveu em seu texto no relatório de vendas do terceiro trimestre. "Mantemos nossos esforços para precificar de forma responsável, compensando a inflação de custos de insumos."

De olho nos impactos e custos, a empresa espera conseguir uma economia bruta de 1,7 bilhão de euros com seu programa de produtividade até o fim deste ano.

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