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Há razões para mais otimismo com ações da Kroton, diz HSBC

Banco eleva preço-alvo das units da empresa e projeta valorização de 20,6% até o final do ano

Rodrigo Galindo, novo presidente da Kroton, tem experiência de cerca de 20 anos no setor educacional e já foi presidente do grupo educacional Iuni (Édi Pereira/Divulgação)

Rodrigo Galindo, novo presidente da Kroton, tem experiência de cerca de 20 anos no setor educacional e já foi presidente do grupo educacional Iuni (Édi Pereira/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2011 às 19h40.

São Paulo – A experiência do novo presidente Rodrigo Galindo em operações de ensino superior, aliada ao acordo de aquisição com a empresa global de private equity Advent International, são fatores que podem trazer bons resultados para a Kroton Educacional (KROT11). Esta é a avaliação do recente relatório do HSBC.

“Acreditamos que a pesada tarefa de reestruturação implementada pelo CEO anterior provavelmente dará frutos em 2011, e ajudará a impulsionar o desempenho operacional da Kroton em direção às melhores referências do setor. Além disso, a empresa lançou seu segmento de ensino à distância no 1T11, e está avaliando mais alvos de aquisições para o futuro próximo”, afirma Luciano Campos. O analista reiterou a classificação neutra e elevou o preço-alvo (dez/11) das units da empresa, de 19,50 reais para 25,50 reais, um potencial de valorização de 20,6%.

“Vemos razões para sermos mais otimistas em relação ao desempenho operacional em 2011, uma vez que os esforços para integrar a Iuni e reestruturar a Kroton foram concluídos em 2010. Rodrigo Galindo não espera despesas extraordinárias em 2011 associadas a esses projetos e acredita que o ritmo de 100 milhões de reais em Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) pode ser um bom referencial para 2011” explica o relatório.

Cautela é importante

Para Luciano Campos, uma das questões que devem ficar no radar dos investidores é a baixa visibilidade sobre a estratégia de crescimento da base de campus. Ele explica que o número de campus aumentou de 20 no quarto trimestre de 2009 para 40 no mesmo período de 2010, com a aquisição da Iuni. “Depois disso, o número caiu para 39 no terceiro trimestre de 2010 e projetamos agora 37 para o primeiro trimestre do ano”. A projeção leva em consideração os fechamentos das unidades em Belo Horizonte e Tangará.

Outra fonte de incerteza citada por Campos é a falta de dados suficientes para projetar o desempenho futuro dos campi. “De fato, os dados de 2009 refletem um desempenho muito fraco da Kroton, e os de 2010 refletem a adição dos campi da Iuni, em conjunto com o fechamento de um campus. Em outras palavras, se a Kroton fosse um varejista tradicional, não saberíamos se a área total de vendas aumentaria ou diminuiria em 2011. Não teríamos dados suficientes para determinar o nível apropriado de receitas e custos por área no futuro”, explica.

Novo comando

Em 22 de novembro de 2010, a Kroton anunciou Rodrigo Galindo como novo presidente para 2011, em substituição de Luiz Kaufmann. Galindo tem cerca de 20 anos de experiência na área educacional, é bacharel em direito, mestre em educação pela PUC São Paulo e já foi presidente do Grupo Educacional Iuni. De acordo com a empresa, a troca de presidência está sendo planejada desde a aquisição do Iuni. 

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