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Guinada na política do Fed, prévia do PIB e o que move o mercado

BC americano deve antecipar o fim do tapering para o 1º tri e sinalizar de 2 a 3 aumentos no juro em 2022; BC do Brasil divulga o IBC-Br de outubro

Jerome Powell: presidente do Federal Reserve | Foto: Al Drago/The New York Times/Bloomberg (Al Drago/The New York Times/Bloomberg)

Jerome Powell: presidente do Federal Reserve | Foto: Al Drago/The New York Times/Bloomberg (Al Drago/The New York Times/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2021 às 06h40.

Última atualização em 15 de dezembro de 2021 às 07h17.

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A quarta-feira, dia 15, promete ser um dia decisivo para o mercado financeiro: o Federal Reserve, o Fed, deve anunciar uma dramática mudança na condução da política monetária para 2022 e 2023, antecipando a conclusão do programa de retirada de estímulos de junho para março do próximo ano e sinalizando de dois a três aumentos na taxa de juros em 2022, algo que ainda não era consenso na última reunião, no início de novembro.

A decisão será anunciada às 16h (de Brasília), com a habitual entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, na sequência, às 16h30.

O dia também reserva no Brasil a divulgação do IBC-Br, índice que é uma espécie de prévia do PIB, de outubro pelo Banco Central às 9h. As projeções do mercado apontam para uma retração no começo do quarto trimestre.

No exterior, bolsas europeias e futuros dos índices de Nova York operam próximos da estabilidade com investidores no aguardo da decisão do Fed. Na véspera, S&P 500 e Nasdaq recuaram pelo segundo dia seguido depois que a divulgação do PPI, o Índice de Preços ao Produtor, apontou uma inflação anualizada de 9,6% nos Estados Unidos em novembro, a taxa mais elevada desde que começou a ser calculado uma década atrás.

Nesta manhã, foi divulgado que a inflação no Reino Unido ficou em 5,1% nos 12 meses até novembro, a taxa mais elevada em uma década, o que coloca mais pressão sobre a reunião do banco central inglês amanhã.

Veja a seguir os principais índices de ações às 6h30 de Brasília:

  • STOXX 600 (Europa): +0,44%
  • FTSE 100 (Londres): -0,32%
  • DAX (Frankfurt): +0,42%
  • CAC 40 (Paris): +0,72%
  • Futuro do S&P: +0,02%
  • Futuro do Dow Jones: +0,09%
  • Futuro da Nasdaq: -0,06%
  • Nikkei (Tóquio): +0,10%

Veja a seguir os destaques desta quarta-feira:

Decisão do Fed

O consenso de mercado em Wall Street aponta para uma decisão do Fed que antecipe de junho para março o fim do tapering e que sinalize de dois a três aumentos na taxa de juros, que está no intervalo entre zero e 0,25%, em 2022.

A redução mais acelerada da liquidez nos mercados terá impacto relevante sobre os preços de ativos, em especial de renda variável e em mercados emergentes como o Brasil.

A decisão do Fed antecede as reuniões de política monetária das demais maiores economias desenvolvidas: amanhã será a vez do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE) e, na sexta, do Banco do Japão (BoJ).

A redução da liquidez global foi motivo de alerta dado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento do TCU (Tribunal de Contas da União) nesta terça-feira, na medida em que o país precisa de investimento externo para dar impulso à economia e o estado tem baixa capacidade fiscal de liderar esse processo.

Prévia do PIB em outubro

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) deve apontar queda no primeiro mês do quarto trimestre, diante de resultados negativos das três pesquisas do IBGE que mais pesam em sua composição: indústria (-0,6%), comércio varejista (-0,1%) e serviços (-1,2%). Nos três casos, os números vieram muito abaixo das expectativas de mercado.

Ações de tecnologia e e-commerce

O mercado já começou a precificar o cenário de alta dos juros no mundo desenvolvido, com penalização no preço em especial das ações de empresas de tecnologia, de alto crescimento. Juros futuros mais elevados reduzem o valor presente das ações. O principal índice da Nasdaq teve queda de 1,14% nesta terça, dia 14.

Ontem, as principais quedas do Ibovespa foram de ações do setor. Outro destaque foi a queda de 13,15% do BDR do Nubank (NUBR33), para 9,25 reais. O papel devolveu boa parte dos ganhos dos primeiros pregão, mas ainda está cerca de 10% acima do preço fixado para o IPO:

  • Nubank (NUBR33): -13,15%
  • Banco Pan (BPAN4): -12,18%
  • Locaweb (LWSA3): -11,11%
  • Méliuz (CASH3): -10,68%
  • Inter (BIDI11): -8,29%
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