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Guerra na Ucrânia enfraquece euro e outras moedas do continente

O euro caiu para o nível mais fraco em relação ao dólar desde maio de 2020, além de cair brevemente abaixo da paridade com o franco suíço pela primeira vez desde 2015

Estrategistas alertam para uma tempestade perfeita para a moeda comum, já chamada de “a aposta de venda mais líquida" (Antonio Bronic/Reuters)

Estrategistas alertam para uma tempestade perfeita para a moeda comum, já chamada de “a aposta de venda mais líquida" (Antonio Bronic/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 7 de março de 2022 às 15h15.

Última atualização em 8 de março de 2022 às 10h57.

Investidores estão se preparando para uma desvalorização adicional das moedas europeias. A alta dos preços de energia e a proximidade com a guerra na Ucrânia pioram as perspectivas para o continente.

O euro caiu para o nível mais fraco em relação ao dólar desde maio de 2020, além de cair brevemente abaixo da paridade com o franco suíço pela primeira vez desde 2015. A preocupação é que o conflito nas fronteiras orientais da Europa possa se agravar. A libra esterlina caiu para o nível mais fraco em relação ao dólar desde dezembro de 2020. Os investidores estão fugindo na direção de ativos considerados mais seguros.

Estrategistas alertam para uma tempestade perfeita para a moeda comum, já chamada de “a aposta de venda mais líquida”. Ao contrário dos mercados de títulos da região, que foram prejudicados pela perspectiva de aceleração da inflação e pelo interesse por ativos de maior segurança, os mercados de câmbio podem oferecer aos investidores uma maneira mais clara de expressar seu pessimismo.

“O mercado de câmbio pode absorver essas tendências divergentes com mais precisão no ambiente atual”, disse Francesco Pesole, estrategista de câmbio do ING Bank.

Qualquer sinal de que o Banco Central Europeu adiará os planos de aperto da política monetária prejudicaria ainda mais o euro, além de evidenciar os obstáculos que outras moedas da região enfrentam. Entre as moedas de mercados emergentes, o zloty da Polônia e o florim da Hungria caíram para mínimas recordes em relação ao euro.

“O nevoeiro econômico na Europa é mais denso devido aos vínculos da região com a energia da Rússia”, disse Jane Foley, estrategista-chefe de câmbio do G-10 no Rabobank, que revisou sua previsão de um mês para a taxa de troca para US$ 1,06 por euro. “Ao mesmo tempo, o domínio do dólar no sistema global de pagamentos garante sua demanda, junto com as moedas dos países produtores de commodities.”

O euro se depreciou 1,1%, para US$ 1,0806, enquanto a libra esterlina perdeu 0,7% para US$ 1,3142. A moeda comum foi negociada em 0,9972 em relação ao franco suíço.

A moeda britânica “também está sendo arrastada pelos riscos europeus”, disse Stuart Bennett, estrategista-chefe de câmbio do G-10 do Santander, acrescentando que o mercado pode estar “relutante” em puxar a taxa de troca entre libra e euro para menos de 0,82. Isso cria “menos espaço para a libra ter desempenho superior ao do euro”.

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