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Grupo Queiroz Galvão adia IPO nos EUA

Demanda para as ações da companhia resultaria em preço inferior ao previsto, de US$ 19 a US$ 21


	Plataforma da Queiroz Galvão: uma nova data para a oferta inicial de ações da empresa na Nyse não foi definida
 (Divulgação)

Plataforma da Queiroz Galvão: uma nova data para a oferta inicial de ações da empresa na Nyse não foi definida (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 21h17.

Nova York - A Queiroz Galvão Óleo e Gás Constellation (QGOG), empresa que presta serviços de perfuração petrolífera, especialmente para a Petrobras, e é controlada pela família Queiroz Galvão, resolveu adiar uma oferta pública de ações nos Estados Unidos que seria fechada na noite desta quinta-feira por conta da demanda baixa pelos papéis, de acordo com fontes do mercado.

A operação era estimada em US$ 550 milhões e as ações da empresa seriam negociados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

O objetivo inicial era vender 27,5 milhões de ações a um preço por papel no intervalo de US$ 19 a US$ 21. Mas o comentário em Wall Street era que havia demanda para ações a uma faixa menor que isso e os bancos de investimento optaram por não reduzir a faixa de preços neste momento e adiar a operação.

Uma nova data ainda não foi marcada, segundo as mesmas fontes. A consultoria IPO Boutique, especializada em dados e informações sobre oferta de ações nos EUA, já marcava a oferta da QGOG em sua tabela de operações como "adiada" no final desta tarde.

A dúvida dos investidores com relação a empresa é que a QGOG é muito dependente da Petrobras, que responde por cerca de 90% de suas operações. A petroleira brasileira não vem tendo bom desempenho na bolsa em meio à defasagem dos preços dos combustíveis no Brasil em relação ao mercado externo. O crescente intervencionismo do governo também tem incomodado investidores.

A QGOG Constellation se apresentou em Wall Street como uma empresa líder no fornecimento de sondas para perfuração de petróleo em terra (onshore) e no mar (offshore), segundo a IPO Boutique. A família tem ainda a Queiroz Galvão Exploração e Produção, que tem ações na BM&FBovespa.

Os bancos coordenadores da operação são JP. Morgan, Bank of America Merrill Lynch, Bradesco BBI, Itau BBA e Credit Suisse, de acordo com material da consultoria IPO Boutique.

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