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Gross vê Brasil como alternativa a EUA e Europa em crise

Para o fundador da Pimco, países como Brasil e Canadá são mais interessantes pois mantêm "as taxas mais altas e os balanços imaculados"

Além do Brasil, Gross também destaca  Canadá, Austrália e México (Wikimedia Commons)

Além do Brasil, Gross também destaca Canadá, Austrália e México (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2011 às 17h21.

Halifax, Canadá - A crise econômica global pode levar a uma recessão de “economias desenvolvidas” nos Estados Unidos e na Europa, colocando países como o Brasil, a Austrália, o México e o Canadá como alternativas, disse Bill Gross, da Pacific Investment Management Co.

“Preferimos países como Canadá, Austrália, México e Brasil, onde as taxas mais altas e os balanços imaculados prevalecem”, escreveu Gross em comentário mensal sobre investimentos, publicado hoje no website da Pimco.

No cenário de recessão nos mercados desenvolvidos, que pode ser difícil de superar, gestores de fundos devem favorecer investimentos fora dos epicentros da crise, assim como em moedas de países que tenham fortes laços com o continente asiático, disse Gross, co-diretor de investimento e fundador da Pimco.

Ainda que ações sejam atraentes por conta dos dividendos, em muitos casos superiores aos rendimentos de títulos, elas são vulneráveis às variações do crescimento econômico, escreveu.

O conflito entre ricos e pobres nos EUA tem derrubado as taxas dos Treasuries, disse Gross. A taxa do título de 10 anos do tesouro americano a 2,25 por cento indica desconto por “um monte de problemas, e nem o investidor nem o credor devem sair ilesos dessa briga”, escreveu Gross. Junto com o co-diretor de investimentos Mohamed El-Erian, ele cunhou o termo “nova normalidade” há mais de dois anos para descrever o possível longo período de crescimento abaixo da média e alto desemprego na economia americana.

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