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Grécia ajuda, mas Bolsas europeias divergem no final

Ânimo com decisão do Eurogrupo sobre o país endividado teve curta duração


	Movimento de alta observado na abertura das bolsas europeias perdeu fôlego devido à situação da Grécia
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Movimento de alta observado na abertura das bolsas europeias perdeu fôlego devido à situação da Grécia (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 16h29.

As Bolsas de Valores da Europa fecharam em direções divergentes nesta terça-feira, com variações modestas, após o anúncio do acordo para liberar uma nova parcela da ajuda internacional para a Grécia e reduzir a dívida do país para níveis sustentáveis no longo prazo. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,32%, encerrando a 272,86 pontos.

O entusiasmo com o anúncio de uma decisão sobre a Grécia na reunião do Eurogrupo, que terminou nesta madrugada, durou pouco. As Bolsas europeias abriram a sessão em alta e o euro superou US$ 1,30, mas o movimento logo perdeu força, à medida que se observou que uma decisão formal sobre o desembolso de mais ajuda financeira para a Grécia só será tomada em dezembro.

Após quase 13 horas de reunião, os credores oficiais da Grécia chegaram a um acordo para reduzir a dívida do país para o nível sustentável de 110% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2022. O acordo inclui uma extensão dos vencimentos dos empréstimos internacionais, um corte nas taxas de juros que o governo grego está pagando sobre os empréstimos e uma recompra de dívida. Porém, uma das questões mais importantes para a Grécia, que é o recebimento da próxima parcela de ajuda internacional, continuou sem resposta.

O acordo abriu caminho para que a Grécia receba 43,7 bilhões de euros - 34,4 bilhões de euros em dezembro e o restante durante o primeiro trimestre de 2013. No entanto, o Eurogrupo alertou que isso dependerá da implementação pela Grécia das determinações da troica, incluindo uma reforma fiscal até janeiro.

Em comunicado, o Eurogrupo disse que espera "estar em posição para decidir formalmente sobre o desembolso até 13 de dezembro, dependendo da conclusão dos procedimentos nacionais e em seguida à análise do resultado de uma possível operação de recompra de dívida pela Grécia".


Nesse cenário, o índice DAX da Bolsa de Frankfurt subiu 0,55%, fechando a 7.332,33 pontos. Entre os destaques de alta aparecem Fresenius Medical Care (+2,70%) e Commerzbank (+1,71%). Já a Deutsche Telekom perdeu 0,57%, após a Moody's manter sua perspectiva negativa para o setor de telecomunicação na Europa.

Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,03% e finalizou a 3.502,13 pontos. Caiu a maioria de ações de empresas em que o governo tem participação, após comentários do Ministério da Indústria, sugerindo a possibilidade de uma nacionalização - mesmo que temporária - da siderúrgica ArcelorMittal. Os papéis da Arcelor perderam 0,43%, enquanto EDF recuou 1,94% e EADS teve desvalorização de 0,73%.

Em Londres, o índice FTSE avançou 0,22%, para terminar a 5.799,71 pontos. Os bancos tiveram um bom desempenho, depois do anúncio na véspera de que Mark Carney será o novo presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). HSBC subiu 0,15%, Lloyds avançou 2,92% e o RBS, que também teve sua recomendação elevada por uma corretora, ganhou 3,51%.

O índice ASE, da Bolsa de Atenas, subiu 0,29% e fechou a 847,06 pontos.

Em terreno negativo, o índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, perdeu 0,87%, fechando a 5.247,65 pontos. Na Bolsa de Milão, o FTSE-Mib teve queda de 0,26%, acabando o dia a 15.479,81 pontos. E em Madri o índice IBEX-35 recuou 0,14%, fechando a 7.863,70 pontos. As informações são da Dow Jones.

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