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Gradual: dólar pode chegar R$ 1,40 com alta maior de juros

Na última sexta, a moeda chegou à menor cotação desde janeiro de 1999

Segundo a Gradual, a equipe de Tombini já sinaliza o fim do aperto monetário (Marcello Casal Jr/ABr)

Segundo a Gradual, a equipe de Tombini já sinaliza o fim do aperto monetário (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2011 às 13h16.

São Paulo - O Banco Central deve evitar um aperto monetário mais expressivo que poderia acelerar a apreciação do real, levando o dólar a cair para até R$ 1,40, disse André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, em entrevista por telefone de São Paulo.

“A questão do câmbio limita um pouco o espaço para a alta da Selic”, disse o economista da Gradual, que administra cerca de R$ 2 bilhões em investimentos.

O dólar subia 0,1 por cento às 12:22, ensaiando a primeira alta em seis dias na comparação com o real. Na sexta-feira, a moeda americana chegou a ser cotada a R$ 1,5534 e fechou no menor preço desde 15 de janeiro de 1999, quando o Brasil passou a adotar o câmbio flutuante.

Perfeito disse que o Comitê de Política Monetária ainda deverá elevar a taxa básica Selic mais uma última vez em julho, para 12,50 por cento, encerrando o aperto monetário iniciado em janeiro pelo presidente do BC, Alexandre Tombini.

Se houver necessidade de maior aperto para levar a inflação a convergir para a meta de 4,5 por cento em 2013, o BC deve agir por meio de novo aumento do compulsório, evitando subir mais a Selic, disse Perfeito.

Segundo o economista, o BC apresentou no relatório trimestral de inflação duas evidências que sinalizam que o aperto monetário está perto do final. Um destes pontos foi o comentário sobre aquecimento do setor de serviços e do mercado de trabalho, que o BC entende ser parte de um processo de mudança da sociedade, com acesso de mais pessoas ao consumo, disse Perfeito. Em outro ponto do relatório, segundo o economista, o BC sinalizou que vê um maior efeito do aumento já adotado do compulsório no terceiro trimestre deste ano.

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