GPA: empresa reportou lucro no terceiro trimestre (Germano Lüders/Exame)
Repórter
Publicado em 5 de novembro de 2025 às 08h41.
O GPA (PCAR3) registrou lucro líquido consolidado de R$ 137 milhões no terceiro trimestre de 2025, conseguindo reverter um prejuízo de R$ 310 milhões no mesmo período do ano anterior, segundo resultados divulgados nesta quarta-feira, 5.
Segundo a empresa, o resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado foi de R$ 412 milhões, alta de 3,4% em relação ao terceiro trimestre de 2024, com margem de 9,1%, um avanço de 0,2 ponto percentual.
As vendas totais da companhia somaram R$ 4,9 bilhões no período, um crescimento de 2,2% na comparação anual. O segmento de proximidade foi o destaque, com alta de 17,3%, impulsionado pela abertura de 49 novas lojas em 12 meses.
Já o canal Aliados, voltado a pequenos comércios, recuou 41,1% e passou a representar apenas 2,8% das vendas totais, reflexo da desaceleração do mercado B2B e de ajustes na estratégia de rentabilidade do canal.
O CEO Rafael Russowsky destacou no balanço que a companhia manteve “a margem bruta em níveis sólidos, o que demonstra a resiliência da nossa estratégia comercial” e apontou a “redução de despesas operacionais” como fator-chave para o aumento da rentabilidade.
A empresa reportou crescimento de 4,1% nas vendas em mesmas lojas, com avanço de 5,5% no Extra Mercado e de 3,5% na bandeira Pão de Açúcar, que se beneficiou da fidelização dos clientes e do foco no segmento premium.
No e-commerce, a companhia manteve a liderança no setor alimentar, com crescimento de 9,8% no trimestre e participação de 13,1% nas vendas totais. O canal próprio respondeu por 36,1% das vendas digitais, e a margem Ebitda pré-IFRS 16 chegou a 10,3%.
O GPA executou nova etapa de simplificação administrativa, com redução de pessoal e corte de despesas. O SG&A recuou para 19,5% da receita líquida, com destaque para a queda de 0,3 ponto percentual nas despesas gerais e administrativas.
A geração de caixa livre operacional nos últimos 12 meses alcançou R$ 744 milhões, dobrando em relação ao mesmo intervalo anterior.
A dívida líquida da companhia atingiu R$ 2,7 bilhões, com alavancagem financeira de 3,1 vezes o Ebitda ajustado pré-IFRS 16. O investimento em capital (Capex) totalizou R$ 146 milhões no terceiro trimestre de 2025, uma queda de R$ 36 milhões em relação ao mesmo período de 2024.