Pão de Açúcar: JPMorgan diz que grupo errou ao colocar "todos os ovos na mesma cesta" (Germano Lüders/Exame)
Beatriz Quesada
Publicado em 25 de julho de 2022 às 17h54.
Última atualização em 25 de julho de 2022 às 17h58.
As ações do GPA (PCAR3), dono da marca Pão de Açúcar, caíram 7% e lideraram as perdas do Ibovespa nesta segunda-feira, 25, após o JPMorgan rebaixar a recomendação para os papéis de compra para neutra.
O preço-alvo também foi rebaixado de R$ 37 para R$ 21. Em relação ao fechamento da véspera, em R$ 16,90, o novo preço-alvo ainda representa um potencial de valorização (upside) de 24%.
O motivo para a revisão é a subsidiária colombiana Grupo Éxito. A visão positiva do banco sobre a empresa estava baseada na expectativa de monetização do Éxito, que agora está ameaçada.
O principal obstáculo é a inflação. O aumento de preços, especialmente na Colômbia, criou uma tendência de desaceleração de crescimento e margens mais fracas no segundo trimestre, dizem os analistas. Outros fatores citados são o sentimento de aversão a risco nos mercados globais e a possível volatilidade no país de origem da marca após eleições.
Outra dificuldade é o fato do GPA ter colocado “todos os ovos” em uma única cesta com a bandeira Pão de Açúcar em um momento que o consumidor prefere consumir em atacadistas.
“Apesar de nossas projeções de números incorporarem melhor execução e expansão, sinalizamos que os supermercados continuam a ser prejudicados pela popularização do atacarejo, especialmente em meio à alta inflação”, informa o relatório.
O GPA separou sua operação do Assaí (ASAI3), focado no atacado em fevereiro de 2021.
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