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Governo tem pressa em privatizar a Eletrobras e ações disparam

O governo, deve enviar ao Congresso, ainda hoje, dois projetos de lei para permitir a privatização da companhia

Eletrobras: as ações da companhia subiam forte o andamento do projeto de privatização pelo governo (Adriano Machado/Bloomberg)

Eletrobras: as ações da companhia subiam forte o andamento do projeto de privatização pelo governo (Adriano Machado/Bloomberg)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 7 de novembro de 2017 às 11h04.

São Paulo - As ações da Eletrobras abriram o pregão em alta na manhã desta terça-feira. Os papéis ordinários subiam 6,32% e os preferenciais, 5,46%.

O governo, deve enviar ao Congresso, ainda hoje, dois projetos de lei para permitir a privatização da companhia.

Os projetos irão tramitar em caráter de urgência urgentíssima, ou seja, eles tramitam em 45 dias e têm 15 dias para ser sancionado pelo presidente da República.

Os dois projetos de lei elaborados pelas equipes da área econômica e do Ministério de Minas e Energia foram combinados pelo ministro da pasta, Fernando Bezerra Coelho, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Poder de veto

Ontem, Temer se reuniu com ministros e auxiliares para discutir o programa de desestatização da Eletrobras. Após a reunião, uma fonte afirmou à Agência Reuters, que a União manterá o poder de veto em alguns assuntos estratégicos na Eletrobras mesmo após a privatização da companhia, por meio de uma “golden share”.

Também foi decidido que o governo não irá vender diretamente suas ações na elétrica, mas sim diluir sua participação por meio da emissão de novos papéis pela companhia, acrescentou a fonte, que garantiu que não haverá impacto nas tarifas de energia em meio ao processo.

“(Vai ter) Golden share e diluição de capital. A União vai aumentar seu patrimônio. O consumidor vai pagar menos”, disse a fonte, que falou sob a condição de anonimato, à Reuters.

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