Mercados

Google proíbe anúncios de bitcoin, que perde ainda mais valor

A partir de junho, qualquer anúncio que faça referência às moedas virtuais deixará de aparecer na busca do Google

Bitcoin: Google considera que muitas vezes os anúncios estão ligados à atividades ilícitas (Benoit Tessier/Illustration/Reuters)

Bitcoin: Google considera que muitas vezes os anúncios estão ligados à atividades ilícitas (Benoit Tessier/Illustration/Reuters)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 14 de março de 2018 às 13h37.

Última atualização em 14 de março de 2018 às 14h31.

São Paulo -- O Google decidiu proibir qualquer tipo de publicidade de criptomoedas -- incluindo a bitcoin e a ethereum -- nesta quarta-feira.

A partir de junho, qualquer anúncio que faça referência às moedas virtuais deixará de aparecer na busca do Google, do Youtube e de outros serviços da companhia.

Também serão excluídos anúncios relacionados a opções binárias e aos ICOs (oferta inicial de moedas da sigla em inglês), que funcionam como um IPO, mas são realizados com a emissão de criptomoedas no lugar de ações.

Em janeiro deste ano, o Facebook tomou uma decisão semelhante. A justificativa das companhias para uma mudança na política de publicidade é proteger os usuários de propagandas enganosas.

Tanto o Facebook quanto o Google consideram que muitas vezes os anúncios são irreais e ligados a esquemas de fraude. A mudança deve impactar o mercado, uma vez que as duas companhias controlam juntas entre 60% e 70% do mercado de publicidade online.

Com o anúncio, a bitcoin ampliou ainda mais as perdas. Por volta das 14h20 (horário de Brasília), a mais famosa das criptomoedas caía 8,7%, cotada a pouco mais de 8,3 mil dólares, de acordo com o CoinDesk.

No mesmo horário, ethereum recuava 9,3% para 626,6 dólares, bitcoin cash tinha perdas de 9,2%, para 970 dólares e litecoin caía 7,4% para 162,8 dólares.

 

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptomoedasGoogle

Mais de Mercados

B3: estrangeiros retiram na Super Quarta metade do valor sacado no mês

Iene em alta e dólar em queda: por que a desvalorização da moeda americana deve se acelerar

Do campo à Faria Lima, dívida da Agrogalaxy passa de R$ 4,5 bilhões

"Emergentes podem voltar a ser os queridinhos do mercado", diz Luiz Fernando Araujo, da Finacap