Google (AFP)
Redatora
Publicado em 28 de agosto de 2025 às 06h29.
Última atualização em 28 de agosto de 2025 às 07h02.
O Google cortou 35% de gerentes que supervisionavam pequenas equipes em 2024. A ação faz parte de uma estratégia para reduzir burocracia e aumentar a eficiência, segundo executivos da empresa.
Brian Welle, vice-presidente de análise e desempenho de pessoas, afirmou à CNBC que atualmente há menos gerentes e subordinados diretos do que no ano anterior. Muitos desses profissionais permaneceram na companhia como colaboradores individuais.
A Alphabet implementou o “Programa de Saída Voluntária” (VEP), que atingiu dez áreas de produtos, incluindo pesquisa, marketing, hardware e operações. Entre 3% e 5% dos funcionários dessas equipes aceitaram a oferta de desligamento voluntário, de acordo com Fiona Cicconi, diretora de pessoal do Google.
O CEO Sundar Pichai reforçou que a empresa busca crescer de maneira eficiente, sem depender apenas do aumento do número de funcionários. O programa VEP foi desenvolvido para dar autonomia aos colaboradores e evitar demissões generalizadas.
Em 2023, o Google já havia reduzido em 6% sua força de trabalho e desacelerado contratações. A empresa orientou funcionários a desempenhar mais funções com menos recursos.
Cicconi afirmou que muitos participantes do VEP optaram pelo desligamento para fazer pausas na carreira ou cuidar de familiares. “Isso tem sido realmente um sucesso. Acho que podemos continuar assim", avaliou a executiva.
A diretora de benefícios, Alexandra Maddison, destacou que o Google não oferecerá licença sabática remunerada semelhante à da Meta, mantendo o modelo atual de férias e folgas. A companhia considera sua política de benefícios competitiva em relação a outras empresas de tecnologia.
“Temos muitas folgas, principalmente as férias, que servem exatamente para isso — descansar e recarregar as energias”, disse Maddison. “Estamos muito confiantes de que nossa oferta atual é competitiva”, acrescentou.