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Google ainda é favorito em Wall St apesar de desafios

Gigante das buscas passa por mudanças em rápido crescimento de publicidade em dispositivos móveis


	Google: o Google, o Facebook e o Twitter estão reformulando seus produtos e negócios de publicidade para tentar se aproveitar da mudança global para telefones móveis e tablets
 (Getty Images)

Google: o Google, o Facebook e o Twitter estão reformulando seus produtos e negócios de publicidade para tentar se aproveitar da mudança global para telefones móveis e tablets (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2014 às 14h23.

São Paulo - Os resultados decepcionantes do Google para o primeiro trimestre deixaram Wall Street inabalada sobre a capacidade do gigante da Internet de se adaptar à mudança para o mercado em rápido crescimento de publicidade em dispositivos móveis.

As ações caíam cerca de 4 por cento nesta quinta-feira, e ao menos 12 corretoras cortaram seus preços-alvo para o papel.

Mesmo assim, a maioria dos analistas mantiveram uma classificação de "compra" ou equivalente para as ações da companhia.

"Apesar de um trimestre que não atingiu as expectativas, o Google permanece como uma das ações melhor posicionadas em meio a muitas empresas que tradicionalmente ditam o crescimento na Internet", disse Mark Manahey, analista da RBC Capital, que manteve sua classificação de "outperform" (acima do mercado) para o papel, em uma nota para clientes.

Dos 46 analistas que cobrem o Google, 35 tem uma classificação de "compra" ou equivalente para o papel. Nenhum analista tem classificação de "venda".

O Google, o Facebook e o Twitter estão reformulando seus produtos e negócios de publicidade para tentar se aproveitar da mudança global para telefones móveis e tablets.

Para investidores do Google, acostumados com a companhia conseguindo uma das maiores margens de publicidade no negócio, os anúncios em dispositivos móveis se traduziram em uma forte queda preços cobrados.

Analistas destacaram o crescimento da receita principal dos websites do Google e o Youtube, uma contribuição maior da receita de outros países do mundo, fortes vendas de aplicativos e conteúdo digital no Play Store e na Chromecast TV.

"Continuamos a recomendar o Google devido à força do negócio principal de pesquisa, a contínua inovação de produtos, e à melhora na monetização, que deve permitir que o papel tome uma fatia crescente dos mercados de publicidade online em desktops e dispositivos móveis", disse Brian Nowak, analista da Susquehanna.

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