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Goldman Sachs tem lucro recorde no 3º tri com boom de fusões e IPOs

Resultado de US$ 4,1 bilhões foi impulsionado por recorde histórico de receita trimestral e forte alta no investment banking

Goldman Sachs: banco registrou US$ 15,18 bilhões em receita no trimestre, maior marca histórica para o período (Getty Images/Getty Images)

Goldman Sachs: banco registrou US$ 15,18 bilhões em receita no trimestre, maior marca histórica para o período (Getty Images/Getty Images)

Publicado em 14 de outubro de 2025 às 09h00.

O Goldman Sachs reportou nesta terça-feira, 14, um lucro de US$ 4,1 bilhões no terceiro trimestre, alta de 37% em relação ao mesmo período de 2024, impulsionado por um forte crescimento no faturamento das áreas de investment banking e gestão de ativos.

O resultado, equivalente a US$ 12,25 por ação, superou as projeções do mercado e reflete o ressurgimento das transações de fusões e aquisições globais. Nos primeiros nove meses do ano, os volumes globais de M&A superaram US$ 3,43 trilhões.

A receita total do trimestre também foi sustentada por US$ 2,66 bilhões em taxas de investment banking, acima das expectativas de analistas, que previam US$ 2,18 bilhões.

Os ganhos com assessoria subiram 60% em um ano, acompanhados por altas nas receitas com ofertas de ações e títulos de dívida. No período, o banco participou de ofertas públicas iniciais (IPOs) de destaque, incluindo a empresa de software Figma, a fintech sueca Klarna e a empresa americana de tecnologia aeroespacial Firefly Aerospace.

Apesar do resultado positivo, as ações do banco caíam 2% no pré-mercado. No acumulado de 2025, as ações do Goldman já subiram mais de 37%, o melhor desempenho entre os grandes bancos americanos, segundo informações da Reuters.

Gestão de ativos e trading em alta

A divisão de gestão de patrimônio e ativos também teve um trimestre forte, com alta de 17% na receita, para US$ 4,4 bilhões — o primeiro avanço do ano. O desempenho foi impulsionado por recordes em taxas de administração e receitas de private banking e crédito.

Os ativos sob supervisão do banco atingiram US$ 3,45 trilhões, alta de 12% em relação ao terceiro trimestre de 2024.

Na área de trading, a receita de ações subiu 7% para US$ 3,74 bilhões, enquanto a de renda fixa, moedas e commodities avançou 17%, para US$ 3,47 bilhões.

O banco reservou US$ 339 milhões em provisões para perdas de crédito, abaixo dos US$ 397 milhões de um ano antes.

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