Invest

Goldman Sachs supera expectativas e registra melhor trimestre em trading da história

Receita da área foi cerca de US$ 100 milhões acima do total do 1º trimestre, refletindo o impacto da volatilidade gerada pela guerra comercial de Donald Trump, que impulsionou a receita do setor pela 2ª vez consecutiva

Publicado em 16 de julho de 2025 às 08h35.

Última atualização em 16 de julho de 2025 às 08h36.

O Goldman Sachs (GS) registrou uma receita líquida de US$ 14,58 bilhões e lucro líquido de US$ 3,72 bilhões no segundo trimestre, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira, 16. O lucro diluído por ação (EPS) foi de US$ 10,91 e o retorno anualizado sobre o patrimônio médio dos acionistas comuns (ROE) foi de 12,8%. Os números vieram ligeiramente acima da expectativa de Wall Street, que previa uma receita de US$ 13,47 bilhões.

A performance da unidade de negociação de ações foi um dos principais destaques do trimestre, com US$ 4,3 bilhões em receita de negociação de ações, US$ 600 milhões a mais do que o esperado pelos analistas — e o melhor resultado da história para o setor. A receita foi cerca de US$ 100 milhões acima do total do primeiro trimestre, refletindo o impacto da volatilidade gerada pela guerra comercial de Donald Trump, que impulsionou a receita do setor pela segunda vez consecutiva.

Além disso, a receita da unidade de renda fixa foi de US$ 3,47 bilhões e as taxas de investimento bancário subiram para US$ 2,19 bilhões, ambos bem acima das estimativas do consenso de analistas compiladas pela Bloomberg. As taxas de gestão na área de gestão de ativos e riqueza, que são uma área chave de crescimento para o banco, aumentaram 11% em relação ao ano anterior, embora a receita líquida tenha caído ligeiramente para US$ 3,78 bilhões.

A divisão de ações e negociação de renda fixa continua sendo uma das mais lucrativas da Wall Street, com o banco buscando expandir ainda mais seus negócios frente à crescente competição de rivais como Morgan Stanley e formadores de mercado como Jane Street e Citadel Securities.

Em nota, o CEO do Goldman Sachs, David Solomon, afirmou que os números "refletiram níveis saudáveis de atividade dos clientes nos negócios, as posições diferenciadas no mercado e o talento e compromisso da equipe". "Neste momento, a economia e os mercados estão geralmente respondendo de forma positiva ao ambiente de políticas em evolução. Mas, como os desenvolvimentos raramente acontecem de maneira linear, continuamos muito focados em gestão de riscos. Dadas as decisões estratégicas e os investimentos que fizemos, continuamos acreditando que a empresa está bem posicionada para gerar resultados para nossos acionistas", disse ele.

Às 8h34, no horário de Brasília, as ações do Goldman subiam 1,35% no pré-mercado americano.

Acompanhe tudo sobre:Goldman SachsBalanços

Mais de Invest

Lucro do Bank of America sobe 3,2% no 2º tri com turbulência gerada pelas tarifas de Trump

Investir nas maiores empresas do mundo, com valor acessível e menos imposto? Conheça o ETF irlandês

Inflação ao produtor, Livro Bege do Fed e balanços de bancos: o que move o mercado

Bolha de big techs? Investimento em ações de tecnologia é o maior em 16 anos, mas deixa alerta