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Goldman Sachs e Morgan Stanley divergem sobre trajetória do Fed

O banco central dos EUA começará a cortar em junho do ano que vem, depois novamente em setembro e em todas as reuniões a partir do quarto trimestre

Fed: Morgan Stanley prevê que o Federal Reserve fará cortes de juros profundos nos próximos dois anos (Ting Shen/Bloomberg via/Getty Images)

Fed: Morgan Stanley prevê que o Federal Reserve fará cortes de juros profundos nos próximos dois anos (Ting Shen/Bloomberg via/Getty Images)

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Agência de notícias

Publicado em 13 de novembro de 2023 às 12h08.

Última atualização em 13 de novembro de 2023 às 12h32.

O Morgan Stanley prevê que o Federal Reserve fará cortes de juros profundos nos próximos dois anos à medida que a inflação esfria, enquanto o Goldman Sachs espera menos reduções e um início do ciclo de flexibilização mais tardio.

O banco central dos Estados Unidos começará a cortar em junho do ano que vem, depois novamente em setembro e em todas as reuniões a partir do quarto trimestre, em cortes de 0,25 ponto percentual a cada vez, segundo a equipe do Morgan Stanley liderada pela economista-chefe Ellen Zentner. A taxa básica será reduzida a 2,375% até o final de 2025, disse ela.

O Goldman Sachs, por sua vez, prevê a primeira redução de 0,25 ponto percentual só no quarto trimestre de 2024, seguida por apenas um corte por trimestre até meados de 2026. Será um total de 1,75 ponto percentual até que a taxa básica atinja a faixa de 3,5%-3,75%, segundo o economista-chefe David Mericle.

As previsões do Goldman Sachs estão mais próximas das projeções que o Fed divulgou em setembro, que sinalizam só dois cortes de 0,25 no ano que vem e taxa básica a 3,9% no final de 2025. Os dirigentes do Fed atualizarão suas previsões na reunião do próximo mês.

A equipe do Morgan Stanley prevê uma economia mais fraca que justificaria uma maior flexibilização, mas sem recessão, e estima que o desemprego atingirá um pico de 4,3% em 2025, em comparação com a estimativa de 4,1% do Fed. O crescimento do PIB e a inflação também serão mais brandos do que as autoridades do Fed preveem, segundo o banco.

Seguem algumas das previsões do Morgan Stanley e do Goldman Sachs para 2025, comparadas à mediana das projeções das autoridades do Fed em setembro:

IndicadorMorgan StanleyGoldman SachsFederal Reserve
Taxa de juro2,375%4,0%-4,25%3,9%
Desemprego4,3%3,6%4,1%
Crescimento do PIB1,4%1,9%1,8%
Núcleo do PCE2,1%2,2%2,3%

“Mantemos nossa opinião de que o Fed conseguirá um pouso suave, mas o enfraquecimento do crescimento manterá vivos os receios de uma recessão,” disse Zentner.

Os EUA devem evitar uma recessão, mas as contratações devem diminuir e isso pesará sobre os gastos, disse ela.

O Goldman Sachs espera que o Fed mantenha os juros relativamente altos devido a uma taxa de equilíbrio mais elevada, uma vez que “ventos contrários pós-crise financeira ficaram para trás” e é provável que os déficits do governo persistam.

“Nossa previsão poderia ser vista como um meio-termo entre os dirigentes ​​do Fed, que veem poucos motivos para manter a taxa básica elevada uma vez resolvido o problema da inflação, e aqueles que veem poucos motivos para estimular uma economia já forte”, escreveu Mericle, do Goldman.

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