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Goldman Sachs divulga balanço -- e pode dar alívio aos investidores

Enquanto outras instituições financeiras de varejo sofreram com calotes nos últimos meses, o banco de investimentos está menos exposto a crédito

Sede do Goldman Sachs em Nova York (Brendan McDermid/Reuters)

Sede do Goldman Sachs em Nova York (Brendan McDermid/Reuters)

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Denyse Godoy

Publicado em 15 de julho de 2020 às 06h29.

Última atualização em 15 de julho de 2020 às 06h29.

Para que servem as projeções de resultados trimestrais das empresas de capital aberto? Para serem superadas. O banco de investimentos Goldman Sachs dá continuidade nesta quarta-feira, 15, à temporada de divulgação de balanços corporativos nos Estados Unidos em meio a uma torcida para que os números sejam melhores do que as estimativas.

A pandemia do novo coronavírus deixou o mercado financeiro muito pessimista com o desempenho das companhias, mas eventuais surpresas positivas podem manter a bolsa de valores na rota de recuperação do tombo de 33,7% causado pela covid-19 entre fevereiro e março. Desde então, o índice acionário S&P 500 já avançou 41%.

Segundo o consenso de mercado, o Goldman Sachs deve anunciar uma queda de 1,4% nas receitas do primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2019, para 9,3 bilhões de dólares, e uma redução de 33,9% nos lucros, a 3,84 dólares por ação. Se confirmadas, as retrações seriam menores do que a média das companhias: as empresas que fazem parte do índice acionário S&P500 deve divulgar uma queda média de 45% nos lucros nesse intervalo, de acordo com levantamento da consultoria de dados financeiros FactSet.

Os investidores têm bons motivos para esperar um desempenho melhor do Goldman Sachs. Enquanto outras instituições financeiras de varejo sofreram com calotes nos últimos meses e precisaram reforçar suas provisões para devedores duvidosos, o Goldman Sachs está menos exposto a crédito. Negócios que vêm sofrendo menos na crise, como o de mercado de capitais e de banco de investimentos, também devem ajudar a amortecer as perdas.

A divulgação do balanço do concorrente JPMorgan, ontem, também deixou o mercado um pouco mais animado. A previsão era de uma elevação de 2,5% nas receitas de abril a junho deste ano em relação aos mesmos meses de 2019, para 30,3 bilhões de dólares, com uma queda de 56,4% no lucro por ação, para 1,23 dólar. O faturamento chegou a 33 bilhões de dólares, no entanto, e o lucro foi de 1,38 dólar por ação. Os papeis subiram 0,57% na bolsa de Nova York ontem, vendidos a 98,21 dólares cada. Com as apostas de que as previsões pessimistas para o balanço estão erradas, as ações do Goldman Sachs subiram 2,46%, para 214,01 dólares cada.

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