Editora de Finanças
Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 15h20.
Última atualização em 19 de fevereiro de 2025 às 15h50.
O Goldman Sachs revisou suas estimativas para a Petrobras, reduzindo o preço-alvo das ações para R$ 45,40 (PETR3, antes R$ 48,30) e R$ 41,30 (PETR4, de R$ 43,90), ao ajustar suas projeções para o balanço do quarto trimestre de 2024.
A redução reflete a expectativa de um espaço menor para dividendos extraordinários em comparação aos anos anteriores. A previsão é de que a Petrobras distribua 13% de rendimento em dividendos, sendo 11% provenientes de dividendos ordinários.
Com relação aos dividendos, o banco projeta que a Petrobras distribua US$ 2,4 bilhões em dividendos ordinários no quarto trimestre, em linha com sua política de remuneração. Embora o fluxo de caixa da empresa seja confortável, a possibilidade de dividendos extraordinários é vista como limitada, especialmente após o pagamento de US$ 3 bilhões em dividendos extras no final de 2024.
A Petrobras anunciou que o FPSO Almirante Tamandaré, unidade de produção flutuante, iniciou suas operações em 15 de fevereiro de 2025. Este início de operação das novas unidades de produção deve contribuir para o crescimento da produção de petróleo da empresa.
A expectativa é que a produção de petróleo em 2025 aumente cerca de 8% em relação ao ano anterior, alcançando 2,3 milhões de barris por dia, alinhado com a orientação fornecida pela empresa. No entanto, o banco destaca que eventuais manutenções ou um aumento mais lento do que o esperado nas novas unidades podem representar riscos para a produção, afetando o desempenho da companhia.
Em razão das atualizações operacionais e macroeconômicas, o Goldman revisou suas estimativas para 2024-2026, ajustando o Ebitda para uma queda de 1% a 7%, devido à desvalorização do real frente ao dólar. A classificação de compra para a Petrobras é mantida, com um EV/Ebitda de 12 meses projetado para 3,3x.