Aviões da Gol: ainda assim, não há perspectiva de emissão no curto prazo (Paulo Whitaker/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 08h29.
São Paulo - A mudança na estrutura acionária da Gol, que, se aprovada pelos acionistas minoritários, aumentará significativamente o número de ações ordinárias da companhia e permitirá novas emissões de ações preferenciais, dá à aérea um potencial de capitalização de R$ 70 bilhões, disse o presidente da companhia, Paulo Kakinoff.
O cálculo leva em conta o preço das ações de quarta-feira, 21, disse o executivo. Ele salientou, porém, que a companhia está com caixa confortável e que não há perspectiva de emissão no curto prazo. "Nem o mercado é favorável, e nem há necessidade para a companhia."
Kakinoff explicou que a atual estrutura de capital era motivo de desconforto para a companhia há algum tempo e a proposta anunciada na quinta-feira, 22, é resultado de muitos meses de trabalho.
Com um número quase equivalente de ações ON e PN e as limitações impostas pela Lei das SA e pelo Código Brasileiro de Aeronáutica, a companhia praticamente não tinha como participar de eventuais oportunidades de capitalização.
Segundo o executivo, não existem discussões com acionistas estratégicos da companhia, como a Delta Airlines e a Air France KLM, para qualquer operação de capitalização.
Para os analistas do Credit Suisse, Bruno Savaris e Felipe Vinagre, a proposta de nova estrutura acionária pode criar uma pressão negativa sobre as ações da Gol. Eles salientaram, no entanto, que o processo de aprovação deve ser "amigável". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.