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Gol entra em acordo com a Abra para converter US$ 950 milhões de dívida em ações

A holding que reúne a companhia aérea brasileira e a Avianca detém US$ 2,8 bilhões em créditos com a empresa

Gol:  Desde a entrada no Chapter 11, a companhia já obteve um financiamento de US$ 1 bilhão, complementado por US$ 375 milhões em novos financiamentos de arrendadores (NurPhoto/Getty Images)

Gol: Desde a entrada no Chapter 11, a companhia já obteve um financiamento de US$ 1 bilhão, complementado por US$ 375 milhões em novos financiamentos de arrendadores (NurPhoto/Getty Images)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 6 de novembro de 2024 às 11h08.

Última atualização em 6 de novembro de 2024 às 11h08.

A Gol deu um passo decisivo em sua estratégia de recuperação financeira, em meio à sua recuperação judicial nos Estados Unidos.

A companhia aérea anunciou um acordo com Abra para apoio ao plano de reestruturação da empresa, convertendo US$ 950 milhões em dívida garantida da holding em ações da Gol. A Abra foi criada em 2022 como uma holding da Gol e da Avianca.

A companhia aérea apresentará um plano de reorganização no âmbito do procedimento de Chapter 11 que permitirá uma significativa redução de sua alavancagem, convertendo em ações, ou extinguindo de outra forma, até US$ 1,7 bilhão de sua dívida existente antes da instauração do procedimento de Chapter 11 e até US$ 850 milhões em outras obrigações.

A Abra declarou créditos totalizando US$ 2,8 bilhões e concordou em receber os US$ 950 milhões em novas ações, além de US$ 850 milhões em dívida reestruturada. Dessa dívida reestruturada da Abra, US$ 250 milhões são obrigatoriamente conversíveis em novas ações a partir de 30 meses após a saída da Gol do Chapter 11, o que é previsto para acontecer até abril de 2025.

Os credores quirografários da Gol também receberão novas ações avaliadas em até aproximadamente US$ 235 milhões.

A linha de crédito de saída do Chapter 11, que pode chegar a US$ 1,85 bilhão, reforçará a liquidez da companhia, permitindo a quitação do financiamento DIP (debtor in possession), essencial para a continuidade das operações durante o processo.

Embora esse capital seja captado principalmente na forma de dívida sênior garantida de longo prazo, a Gol poderá levantar até US$ 330 milhões em novas ações. A Abra e o comitê de credores quirógraficos foram favoráveis a apoiar a Gol e seus consultores na estruturação da linha de crédito de saída.

Desde a entrada no Chapter 11, a companhia já obteve um financiamento de US$ 1 bilhão, complementado por US$ 375 milhões em novos financiamentos de arrendadores, que possibilitaram a reativação de boa parte da frota de aeronaves 737.

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