Agência de notícias
Publicado em 16 de janeiro de 2025 às 12h29.
Última atualização em 16 de janeiro de 2025 às 13h06.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse nesta quinta-feira que a fusão anunciada entre as companhias aéreas Azul e Abra, investidora majoritária da Gol e da Avianca, é positiva, pois o pior cenário seria que as duas empresas “quebrassem”. Segundo o ministro, a operação não deve mudar a configuração do mercado, tendo em vista que as duas companhias “já controlam” o setor.
"O pior cenário seria que essas empresas quebrassem. Pelo contrário, estamos tendo um crescimento e agora temos que oferecer uma mão amiga para que esse setor continue a performar bem. O olhar do governo do presidente Lula será um olhar prioritário na preservação dos empregos do setor e o fortalecimento da malha aérea no país", afirmou em café da manhã com jornalistas, nesta quinta-feira.
A Azul e a Abra, investidora majoritária da Gol e da Avianca, informaram ao governo Lula e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a intenção de fusão entre as companhias. A medida foi anunciada por ambas ao mercado na quarta-feira.
Em 2024 as duas companhias foram responsáveis pelo transporte de 57,4 milhões de passageiros para destinos brasileiros, 61,4% do total.
— Hoje, elas já controlam [o mercado]. O Brasil tem uma dificuldade que também acontece, por exemplo, em Portugal. No mundo inteiro estamos tendo uma fusão de empresas aéreas — disse Silvio Costa Filho.
O ministro, no entanto, ressaltou que o governo não vai permitir que a fusão resulte em um aumento tarifário para os consumidores.
— O que nós não vamos permitir é aumento tarifário e aumento de passagens. Estamos trabalhando para que essas companhias se fortaleçam, o Cade não vai permitir qualquer movimento errado, mas precisamos ainda entender essa função tecnicamente.