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GM dispara na bolsa após lucro acima do esperado e alívio com tarifas de Trump

A montadora elevou a projeção de lucro ajustado antes de juros e impostos para até US$ 13 bilhões em 2025, acima da faixa anterior de até US$ 12,5 bilhões

GM: Montadora ajusta produção e paralisa fábricas em três estados dos EUA até 2026 (Emily Elconin/Bloomberg/Getty Images)

GM: Montadora ajusta produção e paralisa fábricas em três estados dos EUA até 2026 (Emily Elconin/Bloomberg/Getty Images)

Publicado em 21 de outubro de 2025 às 09h07.

As ações da montadora americana General Motors (GM) dispararam nesta terça-feira, 21, após a companhia divulgar resultados do terceiro trimestre acima das expectativas de Wall Street e elevar sua projeção de lucro anual.

Às 9h05 (horário de Brasília), os papéis subiam 10,13% no pré-mercado de Nova York, cotados a US$ 63,9. No ano, as ações acumulavam alta de cerca de 9% até o fechamento de segunda-feira.

A GM agora projeta lucro ajustado antes de juros e impostos (EBIT) entre US$ 12 bilhões e US$ 13 bilhões em 2025, acima da faixa anterior de US$ 10 bilhões a US$ 12,5 bilhões.

O otimismo vem do desempenho acima do esperado nas vendas de picapes e SUVs e do alívio recente com tarifas sobre autopeças.

Na carta aos acionistas, a CEO Mary Barra agradeceu ao presidente Donald Trump pela extensão até 2030 de um desconto tarifário para montadoras que produzem e vendem carros nos Estados Unidos. “A GM está muito bem posicionada enquanto investimos para ampliar nossa já significativa base doméstica de produção”, disse Barra.

Lucro acima do esperado

No terceiro trimestre, a GM registrou lucro ajustado de US$ 2,80 por ação, acima da estimativa média de analistas de US$ 2,31 por ação e da receita de US$ 48,59 bilhões, também superando o consenso de US$ 45,27 bilhões. O resultado reforçou a confiança da montadora para o último trimestre do ano.

“Graças aos esforços coletivos da nossa equipe e ao nosso portfólio de veículos atraente, a GM entregou mais um trimestre muito bom de lucros e fluxo de caixa livre. Com base no nosso desempenho, estamos elevando nossa projeção para o ano, reforçando nossa confiança na trajetória da empresa”, afirmou Mary Barra na carta aos acionistas.

O lucro líquido atribuível aos acionistas foi de US$ 1,3 bilhão, uma queda de 57% em relação aos cerca de US$ 3,1 bilhões registrados no mesmo período de 2024. A margem líquida recuou de 6,3% para 2,7%, refletindo pressões sobre custos e margens, independentemente do encargo extraordinário.

Os números ajustados, no entanto, excluem um encargo especial de US$ 1,6 bilhão, divulgado na semana passada, relacionado à redução dos investimentos em veículos elétricos.

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