Logo da General Motors (GMCO34) em Guanajuato, no México (Edgard Garrido/Reuters)
A General Motors (GMCO34) divulgou nesta terça-feira, 26, os resultados do segundo trimestre de 2022.
A escassez de peças impediu que a General Motors entregasse quase 100 mil veículos no trimestre, impactando o resultado.
O lucro líquido da montadora americana caiu cerca de 31% entre abril e junho, passando de US$ 1,2 bilhão no ano passado para US$ 829 milhões em 2022.
No semestre, a GM registrou um lucro líquido de US$ 1,8 bilhão, contra os US$ 2,1 bilhões do mesmo período de 2021.
O faturamento no segundo trimestre de 2022 foi de US$ 3,14 bilhões, contra os US$ 3,42 bilhões do mesmo período de 2021.
No semestre, a receita da montadora foi de US$ 6,30 bilhões, em queda em relação ao mesmo período de 2021, quando tinha sido de US$ 6,83 bilhões.
A empresa registrou uma liquidez total disponível de US$ 30,7 bilhões em 30 de junho de 2022, dos quais US$ 5,3 bilhões em caixa e equivalentes de caixa, e o restante em empréstimos garantidos.
Nas negociações pré-mercado, as ações da General Motors caíam cerca de 3,47% no começo desta terça-feira.
Assim como outras montadoras do mundo todo, a GM sofreu com interrupções na cadeia de suprimentos nos últimos trimestres por causa dos surtos do novo coronavírus (Covid-19) e por causa das consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Esses eventos forçaram o fechamento de fábricas e causaram problemas na logística em todo o mundo.
No começo do mês, a General Motors tinha alertado os investidores que tinha cerca de 95 mil veículos em seu estoque que não conseguia entregar por causa de falta de componentes.
A receita da montadora é registrada somente quando o veículo completo é enviado às concessionárias para a venda.
“Estamos operando com volumes mais baixos devido à escassez de semicondutores no ano passado e entregamos bons resultados apesar dessas pressões”, informou a CEO da General Motors, Mary Barra, em comunicado .
Segundo a executiva, existem "preocupações com as condições econômicas".
"É por isso que já estamos tomando medidas proativas para gerenciar custos e fluxos de caixa, incluindo a redução de gastos discricionários e a limitação de contratações para necessidades críticas e cargos que apoiem o crescimento", explicou a CEO da General Motors, salientando como a montadora modelou "muitos cenários de desaceleração e estamos preparados para tomar medidas deliberadas quando e se necessário”.
Mesmo com os resultados trimestrais abaixo das previsões, a General Motors reafirmou estar confiante de que cumprirá a previsão de faturamento e lucro previstos para 2022.
“Essa confiança vem de nossa expectativa de que a produção global da General Motoros e as entregas no atacado aumentarão acentuadamente no segundo semestre”, explicou Barra.