Redatora
Publicado em 29 de outubro de 2025 às 19h46.
A General Motors (GM) anunciou que irá cortar mais de 3 mil trabalhadores de fábricas ligadas à produção de veículos e baterias elétricas nos Estados Unidos. As demissões devem atingir unidades em Michigan, Ohio e Tennessee, e faz parte de uma reestruturação diante da desaceleração na demanda por carros elétricos e de mudanças nas regras ambientais do país.
De acordo com o The Wall Street Journal, a decisão parte de um plano para “realinhar a capacidade de produção” diante da adoção mais lenta dos elétricos no curto prazo.
A empresa encerrou o terceiro trimestre com uma despesa extraordinária de US$ 1,6 bilhão, ligada à redução da produção nesse segmento.
As fábricas de baterias operadas em parceria com a LG Energy Solutions, localizadas em Ohio e Tennessee, serão paralisadas a partir de 5 de janeiro de 2026. A GM informou que pretende retomar a produção em meados do mesmo ano, quando espera um cenário mais favorável para o mercado de elétricos.
Cerca de 1,7 mil trabalhadores serão demitidos por tempo indeterminado, enquanto 1,5 mil deverão ser reintegrados após o retorno das operações. Além disso, aproximadamente 1,2 mil funcionários da fábrica de montagem de veículos elétricos em Detroit entrarão em licença não remunerada.
A unidade, que normalmente opera em dois turnos, ficará parada até 24 de novembro e passará a funcionar em apenas um turno no próximo ano.
Ainda de acordo com o jornal, o CEO da GM, Mary Barra, afirmou que os veículos elétricos continuam sendo “a estrela guia” da estratégia corporativa, embora a empresa esteja reduzindo o ritmo de produção temporariamente.
A GM também registrará despesas adicionais relacionadas ao encerramento da produção das vans elétricas BrightDrop no Canadá.